Relação das alterações cognitivas, posturais e de marcha na doença de Parkinson
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2024.v32.18750Palavras-chave:
doença de parkinson, velocidade de caminhada, Equilibrio postural, disfunção cognitivaResumo
Introdução. A doença de Parkinson (DP) caracteriza-se por uma neurodegeneração da parte compacta da substância negra, desencadeando um rebaixamento de dopamina, havendo prejuízos no equilíbrio, marcha e cognitivos. Objetivo. Avaliar a relação das alterações cognitivas, posturais e de marcha na doença de Parkinson. Método. Estudo transversal por amostra de conveniência. Participaram dez indivíduos adultos com diagnóstico clínico de DP, classificados como estágio leve a moderado segundo a escala de Hoehn & Yahr modificada. Foi realizada a avaliação com aplicação do: MiniBESTest, Teste de caminhada de 10 metros (TC10 MW), Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson (UPDRS) parte II e III, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Resultados. Foram avaliados dez indivíduos com idade de 68±9 anos, sendo oito do sexo masculino. O tempo de diagnóstico até o momento da avaliação foi 56±36 meses. Entre as variáveis estudadas, não foram observadas associações entre as avaliações cognitivas e testes físicos. Entretanto, apresentou correlação negativa e moderada entre a velocidade do TC10MW confortável e UPDRS parte II e III (r=-0,670; p=0,034) e positiva e moderada entre TC10MW confortável e a pontuação do MiniBESTest (r=0,650; p=0,042). Conclusão. Não foram observadas correlações entre o comprometimento da velocidade de marcha e equilíbrio com o cognitivo. Ademais, evidenciado que quanto melhor o equilíbrio do indivíduo, maior será a velocidade de marcha confortável.
Métricas
Referências
Capato TTC, Domingos JMM, Almeida LRS. Versão em Português da Diretriz Europeia de Fisioterapia para a Doença de Parkinson. São Paulo: Omnifarma; 2015. https://www.parkinsonnet.nl/app/uploads/sites/3/2019/11/diretriz_dp_brasil_versao_final_publicada.pdf
Latif S, Jahangeer M, Maknoon Razia D, Ashiq M, Ghaffar A, Akram M, et al. Dopamine in Parkinson's disease. Clin Chim Acta 2021;522:114-26. https://doi.org/10.1016/j.cca.2021.08.009
De Freitas TB, Leite PHW, Doná F, Pompeu JE, Swarowsky A, Torriani-Pasin C. The effects of dual task gait and balance training in Parkinson’s disease: a systematic review. Physiother Theory Pract 2020;36:1088-96. https://doi.org/10.1080/09593985.2018.1551455
Terra MB, Rosa PC, Torrecilha LA, Costa BT, Ferraz HB, Santos SMS. Impacto da doença de Parkinson na performance do equilíbrio em diferentes demandas atencionais. Fisioter Pesqui 2016;23:410-5. https://doi.org/10.1590/1809-2950/16659423042016
Raffegeau TE, Krehbiel LM, Kang N, Thijs FJ, Altmann LJP, Cauraugh JH, et al. Uma meta-análise: doença de Parkinson e caminhada com dupla tarefa. Parkinsm Rel Disord 2019;62:28-35. https://doi.org/10.1016/j.parkreldis.2018.12.012
Sousa LR, Martins BCR, Oliveira LT, Hallal CZ. O tempo de balanço como variável preditiva da doença de Parkinson. Fisioter Pesqui 2021;28:95-100. https://doi.org/10.1590/1809-2950/20028228012021
Feng H, Li C, Liu J, Wang L, Ma J, Li G, et al. Virtual Reality Rehabilitation Versus Conventional Physical Therapy for Improving Balance and Gait in Parkinson's Disease Patients: A Randomized Controlled Trial. Med Sci Monit 2019;25:4186-92. https://doi.org/10.12659/MSM.916455
Abou L, Peters J, Wong E, Akers R, Dossou MS, Sosnoff JJ, et al. Avaliações de marcha e equilíbrio por meio de aplicativos de smartphone na doença de Parkinson: uma revisão sistemática. J Med Syst 2021;45:87. https://doi.org/10.1007/s10916-021-01760-5
De Bruin ED, Schoene D, Pichierri G, Smith ST. Utilização da técnica de realidade virtual para o treino do controle motor em idosos. Algumas considerações teóricas. Z Gerontol Geriatr 2010;43:229-34. https://doi.org/10.1007/s00391-010-0124-7
Faria M, Menezes G, Barbosa A, Gervásio F. Estudo da relação entre o equilíbrio e o risco de quedas em portadores da doença de parkinson segundo a escala de hoehn e yahr modificada. Rev Movimenta 2020;13:333-42. https://www.revista.ueg.br/index.php/movimenta/article/view/94921 11.Melo DM, Barbosa AJG. O uso do Mini-Exame do Estado Mental em pesquisas com idosos no Brasil: uma revisão sistemática. Cienc Saúde Col 2015;20:3865-76. https://doi.org/10.1590/1413-812320152012.06032015
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica n. 19; Série A: Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 192p. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa.pdf
Cesar KG, Yassuda MS, Porto FHG, Brucki SMD, Nitrini R. MoCA Test: normative and diagnostic accuracy data for seniors with heterogeneous educational levels in Brazil. Arq Neuropsiquiatr 2019;77:775-81. https://doi.org/10.1590/0004-282X20190130
Tumas V, Borges V, Ballalai-Ferraz H, Zabetian CP, Mata IF, Brito MMC, et al. Some aspects of the validity of the Montreal Cognitive Assessment (MoCA)for evaluating cognitive impairment in Brazilian patients with Parkinson's disease. Dement neuropsychol 2016;10:333-8. https://doi.org/10.1590/S1980-5764-2016DN1004013
Jankovic J, Tan EK. Parkinson's disease: etiopathogenesis and treatment. J Neurol Neurosurg Psychiatr 2020;91:795-808. https://doi.org/10.1136/jnnp-2019-322338
Ramsay N, Macleod AD, Alves G, Camacho M, Forsgren L, Lawson RA, et al. Validation of a UPDRS-/MDS-UPDRS-based definition of functional dependency for Parkinson's disease. Parkinsonism Relat Disord 2020;76:49-53. https://doi.org/10.1016/j.parkreldis.2020.05.034
Goetz CG, Fahn S, Martinez-Martin P, Poewe W, Sampaio C, Stebbins GT, et al. Movement Disorder Society-sponsored revision of the Unified Parkinson's Disease Rating Scale (MDS-UPDRS): Process, format, and clinimetric testing plan. Mov Disord 2007;22:41-7. https://doi.org/10.1002/mds.21198
Goetz CG, Tilley BC, Shaftman SR, Stebbins GT, Fahn S, Martinez-Martin P, et al. Movement Disorder Society-sponsored revision of the Unified Parkinson's Disease Rating Scale (MDS-UPDRS): scale presentation and clinimetric testing results. Mov Disord 2008;23:2129-70. https://doi.org/10.1002/mds.22340
Nilsagard Y, Lundholm C, Gunnarsson LG, Dcnison E. Clinical relevance using timed walk tests and 'timed up and go' testing in persons with multiple sclerosis. Physiother Res Int 2007;12:105-14. https://doi.org/10.1002/pri.358
Rossier P, Wade DT. Validity and reliability comparison of 4 mobility measures in patients presenting with neurologic impairment. Arch Phys Med Rehabil 2001;82:9-13. https://doi.org/10.1053/apmr.2001.9396
Novaes RD, Miranda AS, Dourado VZ. Usual gait speed assessment in middle-aged and elderly Brazilian subjects. Braz J Phys Ther 2011;15:117-22. https://doi.org/10.1590/S1413-35552011000200006
Novaes RD, Miranda AS, Dourado VZ. Velocidade usual da marcha em brasileiros de meia idade e idosos. Rev Bras Fisioter 2011;15:117-22. https://doi.org/10.1590/S1413-35552011000200006
Flansbjer UB, Holmbäck AM, Downham D, Patten C, Lexell J. Reliability of gait performance tests in men and women with hemiparesis after stroke. J Rehabil Med 2005;37:75-82. https://doi.org/10.1080/16501970410017215
Hollman JH, Beckman BA, Brandt RA, Merriwether EN, Williams RT, Nordrum JT. Minimum detectable change in gait velocity during acute rehabilitation following hip fracture. J Geriatr Phys Ther 2008;31:53-6. https://doi.org/10.1519/00139143-200831020-00003
Unver B, Baris RH, Yuksel E, Cekmece S, Kalkan S, Karatosun V. Reliability of 4-meter and 10-meter walk tests after lower extremity surgery. Disabil Rehabil 2017;39:2572-6. https://doi.org/10.1080/09638288.2016.1236153
Nakhostin-Ansari A, Nakhostin Ansari N, Mellat-Ardakani M, Nematizad M, Naghdi S, Babaki M, et al. Reliability and validity of Persian versions of Mini-BESTest and Brief-BESTest in persons with Parkinson's disease. Physiother Theory Pract 2022;38:1264-72. https://doi.org/10.1080/09593985.2020.1822967
Viveiro LAP, Gomes GCV, Bacha JMR, Carvas Junior N, Kallas ME, Reis M, et al. Reliability, Validity, and Ability to Identity Fall Status of the Berg Balance Scale, Balance Evaluation Systems Test (BESTest), Mini-BESTest, and Brief-BESTest in Older Adults Who Live in Nursing Homes. J Geriatr Phys Ther 2019;42:E45-54. https://doi.org/10.1519/JPT.0000000000000215
Maia AC, Rodrigues-de-Paula F, Magalhães LC, Teixeira RLL. Cross-cultural adaptation and analysis of the psychometric properties of the Balance Evaluation Systems Test and MiniBESTest in the elderly and individuals with Parkinson's disease: application of the Rasch model. Braz J Phys Ther 2013;17:195-217. https://doi.org/10.1590/S1413-35552012005000085
Rocha AC, Araújo JSSG. Efeitos de um programa de intervenção fisioterapêutica sobre os parâmetros da marcha de indivíduos com doença de Parkinson. Brasília: Universidade de Brasília; 2018. https://bdm.unb.br/bitstream/10483/23685/1/2018_AndressaCarvalhoRocha_JaciaraSamaraAraujo_tcc.pdf
Queiroz LC, De Menezes KKP, Avelino PR. Efeitos do treino de equilíbrio na velocidade de marcha, mobilidade e qualidade de vida de indivíduos pós acidente vascular encefálico. Fisioterap Bras 2020;21:114–23. https://doi.org/10.33233/fb.v21i1.2865
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Larissa Barboza Santos, Layane Luiza de Araújo, Camily Colnago Ribeiro, Lucas Martins Peruque, Amanda Lima Nogueira dos Anjos, Ana Cláudia de Souza Fortaleza Marques, Aline Duarte Ferreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Como Citar
Aprovado 2024-08-13
Publicado 2024-09-09
