Depressão, estresse, ansiedade e função respiratória em mulheres praticantes de dança

Resumo

Introdução. No contexto contemporâneo, permeado pela intensa midiatização, há uma notável exposição da mulher em posições estratégicas, como aquela que é capaz de desempenhar multitarefas como trabalho, estudos, cuidado familiar e manutenção de uma estética apurada. Esta realidade socialmente aceita, muitas vezes resulta em conflitos existenciais, estresse e ansiedade. No entanto, a prática de exercícios físicos, notadamente a dança, focaliza a atenção na promoção da saúde corporal, condicionamento cardiorrespiratório e mental. Dessa forma, é sabido que as desregulações nos níveis de ansiedade e estresse implicam alterações neurológicas, cardiovasculares, psicológicas, respiratórias e hormonais, influenciando diretamente a qualidade de vida das mulheres. Objetivos. Avaliar os níveis de ansiedade, depressão, estresse e a função respiratória em mulheres praticantes regulares de dança. Método. Estudo transversal de caráter quali-quantitativo. Resultados. Mulheres que dançam regularmente melhoram os níveis de estresse e depressão podendo ter efeitos na formação da memória, consciência corporal, e convívio social. Podendo ser uma medida preventiva do risco de elevação daquelas desordens, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Não houve melhora nos parâmetros respiratórios. Conclusão. A dança possui efeitos fisiológicos positivos, reduzindo o estresse e sinais de depressão, podendo até mesmo atuar como fator preventivo deles. Vale ainda ressaltar que novos estudos, com amostras maiores, se fazem necessários para uma investigação mais aprofundada e descrição dos diversos efeitos fisiológicos demonstrados pelas variáveis estudadas.