Correlação entre gravidade, independência, tempo e custos de internação no AVC
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2024.v32.16552Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Tempo de internação, Custos e análise de custo, Pacientes internados, HospitaisResumo
Introdução. A evolução no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) levou a uma diminuição das taxas de mortalidade. O número de internações hospitalares e o valor relacionado aos serviços de saúde crescem ao longo dos anos. Objetivo. Analisar o perfil de pacientes internados em hospitais de referência ou retaguarda para a assistência ao AVC no Brasil, correlacionando a severidade do AVC e o grau de incapacidade com tempo e custo de internação. Método. Dados extraídos de um registro multicêntrico brasileiro com três hospitais de referência ou retaguarda para a assistência ao AVC no Brasil. Foram analisados dados sobre a severidade do AVC (escala National Institute of Health Stroke Scale - NIHSS), o grau de incapacidade (escala de Rankin modificada - mRS) além do tempo e custo de internação hospitalar. Os dados foram apresentados através da média, desvio padrão e mediana em uma análise descritiva. Foi analisada a correlação entre os valores de NIHSS e mRS com tempo e custo de internação através do teste de correlação de Spearman. Resultados. Amostra de 783 pacientes, predominantemente homens (52,20%), idosos (média 70,5 anos), com severidade moderada (NIHSS 5-15) e discretas incapacidades no momento da alta (mRS 2). O tempo médio de internação foi 9,9±17,8 dias com um custo médio de R$ 10.140,14±18.188,59. Conclusão. Este estudo mostrou que pacientes com maior gravidade do AVC e maior incapacidade no momento da alta tendem a ter tempos de internação mais longos e maiores custos para o hospital.
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Aprovado 2024-10-10
Publicado 2024-11-06
