Perfis sociodemográfico e clínico de indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal e de seus cuidadores
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2024.v32.16204Palavras-chave:
Atrofia Muscular Espinal, Atrofias Musculares Espinais da Infância, Cuidadores, perfil de saúdeResumo
Objetivo. Analisar os perfis sociodemográfico e clínico de pessoas com Atrofia Muscular Espinhal (AME) e de seus cuidadores. Método. Estudo transversal, realizado em clínica de doenças neuromusculares de um centro de reabilitação. Foi utilizado um questionário com anamnese, identificação, perfis sociodemográfico e clínico. As variáveis categóricas foram apresentadas em frequência absoluta e relativa, e as variáveis contínuas pela média e desvio padrão. Para comparação entre os tipos de AME foram utilizados o Qui-quadrado de Pearson e a ANCOVA, nível de significância de p<0,05. Resultados. Participaram do estudo 27 cuidadores e 32 pessoas com AME, sendo 17 participantes com AME do tipo III, 9 do tipo II e 6 do tipo I. A idade dos participantes com AME variou entre 1 e 59 anos, com maior prevalência do sexo masculino (53,1%). No nível de escolaridade, as prevalências foram o ensino superior (31,3%) e o fundamental (28,1%). Apenas 34,4% tinham histórico de AME na família. Com relação aos aspectos clínicos, 87,5% necessitavam de dispositivo auxiliar para locomoção. O uso de medicação específica para AME e de suporte respiratório foi mais comum entre pessoas com AME dos tipos I e II. Quanto aos cuidadores, a maioria era composta por pessoas do sexo feminino (96,3%), mães (74,1%) e que se dedicavam exclusivamente ao lar e aos cuidados do indivíduo com AME (88,9%). Conclusão. A maioria dos participantes com AME não tinha histórico da doença na família e necessitava de dispositivo auxiliar para locomoção. As mães foram as cuidadoras prevalentes.
Métricas
Referências
Guillot N, Cuisset JM, Cuvellier JC, Hurtevent JF, Joriot S, Vallee L. Unusual clinical features in infantile Spinal Muscular Atrophies. Brain Dev 2008;30:169-78. https://doi.org/10.1016/j.braindev.2007.07.008
Mercuri E, Finkel RS, Muntoni F, Wirth B, Montes J, Main M, et al. Diagnosis and management of spinal muscular atrophy: Part 1: Recommendations for diagnosis, rehabilitation, orthopedic and nutritional care. Neuromuscul Disord 2018;28:103-15. https://doi.org/10.1016/j.nmd.2017.11.005
D’Amico A, Mercuri E, Tiziano FD, Bertini E. Spinal muscular atrophy. Orphanet J Rare Dis 2011;6:71. https://doi.org/10.1186/1750-1172-6-71
Mazzella A, Curry M, Belter L, Cruz R, Jarecki J. “I have SMA, SMA doesn’t have me”: a qualitative snapshot into the challenges, successes, and quality of life of adolescents and young adults with SMA. Orphanet J Rare Dis 2021;16:1-15. https://doi.org/10.1186/s13023-021-01701-y
Aurora A, Mart Ó, Amayra I, L JF, Al-rashaida M, Esther L, et al. Diseases Costs and Impact of the Caring Role on Informal Carers of Children with Neuromuscular Disease. Int J Environ Res Public Health 2021;18:2991. https://doi.org/10.3390/ijerph18062991
Willems J, Bablok I, Farin‑Glattacker E, Langer T. Barriers and facilitating factors of care coordination for children with spinal muscular atrophy type I and II from the caregivers’perspective: an interview study. Orphanet J Rare Dis 2023;18:136. https://doi.org/10.1186/s13023-023-02739-w
Comissão de Epidemiologia A. Epidemiologia nos serviços de saúde. Inf Epidemiol 1997;6:7-14. https://doi.org/10.5123/S0104-16731997000300002
Chambers JM, Cleveland WS, Kleiner B, Tukey PA. Graphical Methods for Data Analysis. New York: Chapman and Hall/CRC 2018; pp1-395. https://doi.org/10.1201/9781351072304
MacDonald PL, Gardner RC. Type I error rate comparisons of post hoc procedures for I × J chi-square tables. Educ Psychol Meas 2000;60:735-54. https://doi.org/10.1177/00131640021970871
Vuillerot C, Payan C, Iwaz J, Ecochard R, Bérard C. Responsiveness of the motor function measure in patients with spinal muscular atrophy. Arch Phys Med Rehabil 2013;94:1555-61. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2013.01.014
Montenegro SC, Solervicens PA. Perfil demográfico y clínico-funcional de pacientes con atrofia muscular espinal atendidos en el Instituto Teletón Santiago. Rehabil Integr 2020;14:30-9. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1015959
Ministerio da educação (MEC). Educação Básica (Internet). Brasil; 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=18563:criancas-terao-de-ir-a-escola-a-partir-do-4-anos-de-idade
García PD, San Martín PP. Caracterización sociodemográfica y clínica de la población atendida en el Instituto Teletón de Santiago. Rev Chil Pediatr 2015;86:161-7. https://doi.org/10.1016/j.rchipe.2015.06.002
Kirschner J. Postnatal gene therapy for neuromuscular diseases - Opportunities and limitations. J Perinat Med 2021;49:1011-5. https://doi.org/10.1515/jpm-2021-0435
Lejman J, Zieliński G, Gawda P, Lejman M. Alternative splicing role in new therapies of spinal muscular atrophy. Genes (Basel) 2021;12:1346. https://doi.org/10.3390/genes12091346
Ministério da Saúde. Atrofia Muscular Espinhal (AME) (Internet). Brasil; 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/ame
Aranda-Reneo I, Peña-Longobardo LM, Oliva-Moreno J, Litzkendorf S, Durand-Zaleski I, Tizzano EF, et al. The burden of spinal muscular atrophy on informal caregivers. Int J Environ Res Public Health 2020;17:1-12. https://doi.org/10.3390/ijerph17238989
Alves SP, Bueno D. O perfil dos cuidadores de pacientes pediátricos com fibrose cística. Cien Saude Colet 2018;23:1451-7. https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.18222016
Camargos ACR, Lacerda TTB, Viana SO, Pinto LRA, Fonseca MLS. Avaliação da sobrecarga do cuidador de crianças com paralisia cerebral através da escala Burden Interview. Rev Bras Saude Mater Infant 2009;9:31-7. https://doi.org/10.1590/S1519-38292009000100004
Guerrero-Gaviria D, Carreño-Moreno S, Chaparro-Díaz L. Sobrecarga del cuidador familiar en Colombia: revisión sistemática exploratoria. Rev Colomb Enferm 2023;22:e053. https://doi.org/10.18270/rce.v22i1.3754
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Natália Guimarães Melo, Geovane Balçanufo de Souza e Silva, Cecília Rosa de Ávila, Francine Aguilera Rodrigues da Silva, Maysa Ferreira Martins Ribeiro, Letícia de Araújo Morais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Como Citar
Aprovado 2024-10-08
Publicado 2024-10-16
