Confiabilidade da escala de usabilidade de tecnologia de comunicação aumentativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2024.v32.15451

Palavras-chave:

Inquéritos e Questionários, Tecnologia Assistiva, Reprodutibilidade dos Testes, Comunicação não Verbal

Resumo

Introdução. A usabilidade é definida como o ajuste de um produto às necessidades do usuário, sendo que a avaliação dessa é a interação entre eles. Objetivo. Avaliar a confiabilidade da escala de usabilidade para tecnologia de comunicação aumentativa. Método. Aleatoriamente, 24 participantes, sendo 12 com Esclerose Lateral Amiotrófica e 12 sem a doença, participaram deste estudo. Os participantes passaram por um teste com o teclado inteligente multifuncional e responderam a escala de usabilidade, composta por domínios gerais e específicos relacionados a embalagem, manual de instruções, instalação e utilização da determinada tecnologia. Foi utilizada uma escala psicométrica com pontuação que varia de 0 a 3, gerando um escore de usabilidade. Para a confiabilidade da escala, utilizou-se o programa SPSS versão 24 para o cálculo do Alfa de Cronbach. Resultado. É considerada aceitável uma confiabilidade acima de α 0,5. A escala apresentou uma confiabilidade de α 0,514 para os domínios gerais e α 0,657 para o domínio específico. O teclado inteligente apresentou-se como ”regular” pelos dois grupos, sem diferença estatisticamente significante (p 0,94). Conclusão. A escala apresentou confiabilidade aceitável, sendo capaz de mensurar a usabilidade de uma tecnologia de comunicação aumentativa classificando-a em um escore importante, tanto para o usuário final quanto para a empresa que a confecciona, evitando dispêndios desnecessários e promovendo boa aceitação por parte do usuário, além de auxiliar o profissional na seleção de uma tecnologia mais adequada para seu paciente.

 

 

 

 

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

NBR 9241-11. Requisitos Ergonômicos para trabalho de escritórios com computadores NBR (endereço na Internete). 2002 (acessado 11/07/2023). Disponível em: http://www.inf.ufsc.br/~edla.ramos/ine5624/_Walter/Normas/Parte%2011/iso9241-11F2.pdf

De Moraes A. Ergonomia, Ergodesign e Usabilidade: algumas histórias, precursores. Ergodesign Amp HCI 2013;1:1-9. http://doi.org/10.22570/ergodesignhci.v1i1.41

Marcilly R, Ammenwerth E, Vasseur F, Roehrer E, Beuscart-séphir M. Usability flaws of medication-related alerting functions : a systematic qualitative review. J Biomed Inform 2015;55:260-71. https://doi.org/10.1016/j.jbi.2015.03.006

Wichanski AM. Usability testing in 2000 and beyond. Ergonomics 2000;43:998-1006. https://doi.org/10.1080/001401300409170

Goldberg JH, Wichansky AM. Eye tracking in usability evaluation. A practitioner’s guide. The Mind's Eye - Cognitive and Applied Aspects of Eye Movement Research 2003; p.493-516. https://doi.org/10.1016/B978-044451020-4/50027-X

Kac G, Sichieri R, Gigante DP. Desenvolvimento de instrumentos de aferição epidemiológicos. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2007; 580p. https://static.scielo.org/scielobooks/rrw5w/pdf/kac-9788575413203.pdf

Pasquali L. Princípios de elaboração de escalas psicológicas. Rev Psiquiatr Clín 1998;25:206-13. http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol25/n5/conc255a.htm

Rodriguezañez CR, Reis RS, Petroski EL. Versão brasileira do questionário “estilo de vida fantástico”: tradução e validação para adultos jovens. Arq Bras Cardiol 2008;91:102-9. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2008001400006

Souza AC, Alexandre NMC, Guirardello EB. Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabilidade e da validade. Epidemiol Serv Saúde 2017;26:649-59. https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300022

Maroco J, Marques TG. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach ? Questões antigas e soluções modernas ? Lab Psicol 2006;4:65-90. https://doi.org/10.14417/lp.763

Bersch R, Tonolli JC. Introdução ao conceito de Tecnologia Assistiva e modelos de abordagem da deficiência. Porto Alegre: CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil; 2006; 20p. https://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência (endereço na Internete). Rio de janeiro: IBGE; 2010 (acessado em: 15/04/2022). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?id=794&view=detalhes

Passerino LM, Montardo SP. Inclusão social via acessibilidade digital: proposta de inclusão digital para pessoas com necessidades especiais. Rev Assoc Nac Prog Pós-Grad Comun 2007;8:1-18. https://doi.org/10.30962/ec.144

Hogetop L, Santarosa LMC. Tecnologias assistivas: viabilizando a acessibilidade ao potencial individual. Inform Edu Teoria Prát 2002;5:103-17. https://doi.org/10.22456/1982-1654.5277

Batista M. Warschauer M - Tecnologia e inclusão social: A exclusão digital em debate. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006; 214 p. Resenha publicada em Est Sociol 2014;14:1-8. https://www.researchgate.net/publication/216451921_WARSCHAUER_Mark_Tecnologia_e_inclusao_social_A_exclusao_digital_em_debate_Sao_Paulo_Editora_Senac_Sao_Paulo_2006_214_p

Diniz ABR, Passos MAN. Esclerose lateral amiotrófica - ELA: progressão da doença em pacientes diagnosticados. Rev JRG 2022;5:160-8. https://doi.org/10.5281/zenodo.7199354

Pontes RT, Orsini M, Freitas MRG, Antonioli RS, Nascimento OJM. Alterações da fonação e deglutição na esclerose lateral amiotrófica: revisão de literatura. Rev Neurocienc 2010;18:69-73. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8505

Bolmsjõ I. Existential issues in palliative care: interviews of patients with amyotrophic lateral sclerosis. J Palliat Med 2001;4:499-505. https://doi.org/10.1089/109662101753381647

Hillei A, Miller R. Management of bulbar symptoms in amyotrophic lateral sclerosis. Adv Exp Med Biol 1987;209:201-21. https://doi.org/10.1007/978-1-4684-5302-7_32

Quadros AAJ. Avaliação da qualidade de vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em Brasília. Rev Neurocienc 2010;18:130. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8477

Leite ES, Pimenta CJL, Costa MS, Oliveira FB, Moreira MASP, Silva AO. Tecnologia assistiva e envelhecimento ativo segundo profissionais atuantes em grupos de convivência. Rev Esc Enferm USP 2018;52:e03355. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017030903355

Ferreira LS, Quadros AJ, Portes LA, Motta MP, Santos VR, Fávero FM, et al. Usabilidade da tecnologia eye tracking para comunicação aumentativa. Rev Neurocienc 2017;25:1-18. https://doi.org/10.34024/rnc.2017.v25.10038

Ferreira LS, Portes LA, Santos VR, Oliveira ASB, Fávero FM. Avaliação da usabilidade de três acionadores de tecnologia computacionais. Rev Neurocienc 2018;26:1-13. https://doi.org/10.34024/rnc.2018.v26.9858

Brooks BR, Miller RG, Swash M, Munsat TL, World Federation of Neurology Research Group on Motor Neuron Diseases. El Escorial revisited: revised criteria for the diagnosis of amyotrophic lateral sclerosis. Amyotroph Lateral Scler Other Motor Neuron Disord 2000;1:293-9. https://doi.org/10.1080/146608200300079536

Davis FB. Educational measurements and their interpretation. California: Wadsworth Publishing; 1964. https://doi.org/10.3102/00028312002004247

De Albuquerque FJB, De Sousa FM, Martins CR. Validação das escalas de satisfação com a vida e afetos para idosos rurais. Psico 2010;41:85-92. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/5110

Abbad G, Sallorenzo LH. Desenvolvimento e validação de escalas suporte à transferência de treinamento. Rev Adm 2001;36:33-45. http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/v36n2p33a45.pdf

Van Es MA, Hardiman O, Chio A, Al-Chalabi A, Pasterkamp RJ, Veldink JH, et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet 2017;390:2084-98. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(17)31287-4

Chagas ATR. O questionário na pesquisa científica. Adm On Line 2000;1:1-13.

https://www.inf.ufsc.br/~vera.carmo/Ensino_2012_1/metodologia_de_questionario.pdf

Downloads

Publicado

2024-04-23

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Ferreira LS, Portes LA, Santos VR dos, Favero FM, Oliveira ASB de. Confiabilidade da escala de usabilidade de tecnologia de comunicação aumentativa. Rev Neurocienc [Internet]. 23º de abril de 2024 [citado 19º de junho de 2025];32:1-21. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/15451
Recibido 2023-07-28
Aprovado 2024-04-03
Publicado 2024-04-23