Atuação fonoaudiológica na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma ótica no gerenciamento alimentar
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.14905Palavras-chave:
Fonoaudiologia, Unidades de terapia intensiva, Recém-nascido, Aleitamento maternoResumo
Objetivo. Avaliar as intervenções fonoaudiológicas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma maternidade pública do Norte do Estado de Santa Catarina no gerenciamento alimentar. Método. Estudo transversal, conduzido por meio da revisão de prontuários dos pacientes admitidos na UTIN no período de abril de 2021 a abril de 2022 que receberam atendimento fonoaudiológico. Para a coleta dos dados, foi utilizado a base de dados contendo informações acerca dos dados clínicos e perinatais dos neonatos e intervenções fonoaudiológicas. Resultados. Foram admitidos na UTIN, 426 neonatos, dos quais 224 (52,5%) receberam atendimento fonoaudiológico, com prevalência de neonatos prematuros (63%) e do sexo masculino (58%). As intervenções fonoaudiológicas englobaram a avaliação do sistema motor oral (ASMO) conjuntamente a orientações à genitora, família ou equipe, estimulação do sistema sensório-motor-oral, técnica do finger-feeding, técnicas de relactação ou translactação, introdução do dispositivo intermediário de amamentação (bico de silicone) e o utensílio mamadeira. O aleitamento materno exclusivo apresentou maior prevalência (62%) no desfecho alimentar dos neonatos atendidos. Conclusão. A intervenção mais utilizada pela equipe de fonoaudiologia neonatal foi a ASMO juntamente com orientações à mãe, família ou equipe, relacionadas à dificuldade no processo de alimentação e à forma de alimentação na alta hospitalar, prevaleceu o aleitamento materno exclusivo. O fonoaudiólogo inserido na equipe multidisciplinar atuante na UTIN contribui para o desenvolvimento nutricional do recém-nascido, promovendo vantagens ao aleitamento materno exclusivo e ao longo do crescimento da criança.
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Aceito: 2023-08-23
Publicado: 2023-09-06