Treinamento do assoalho pélvico em pacientes com esclerose múltipla: uma meta-análise
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.14702Palavras-chave:
Esclerose Múltipla, Treinamento, Assoalho Pélvico, Revisão Sistemática, Meta-AnáliseResumo
Objetivo. Investigar, através de uma revisão sistemática da literatura com meta-análise, os efeitos do treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) associado à outras modalidades terapêuticas quando comparado ao TMAP isolado, na força dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla (EM). Método. Foram realizadas buscas nas bases PubMed, Lilacs, SciELO e PEDro. As buscas foram feitas de forma independente, e a qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDro. Resultados. Foram incluídos três estudos, totalizando 84 indivíduos. De forma geral, o treino associado mostrou-se superior na melhora da força dos MAP (MD 0,50; IC95% 0,25 a 0,76; I2=0%; p<0,0001; random effects model) e da qualidade de vida (SMD 0,58; IC95% 0,11 a 1,05; I2=6%; p<0,016; random effects model), quando comparado ao treino isolado dos MAP. Conclusões. Os resultados do presente estudo evidenciaram que o TMAP associado a outras modalidades terapêuticas é superior, quando comparado ao TMAP isolado, na melhora da força dos MAP e qualidade de vida de mulheres com EM classificada com leve a moderada.
Downloads
Métricas
Referências
Browne P, Chandraratna D, Angood C, Tremlett H, Baker C, Taylor BV, et al. Atlas of Multiple Sclerosis 2013: A growing global problem with widespread inequity. Neurology 2014;83:1022-4. https://doi.org/10.1212/WNL.0000000000000768
Thompson AJ, Baranzini SE, Geurts J, Hemmer B, Ciccarelli O. Multiple sclerosis. Lancet 2018;391:1622-36. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(18)30481-1
Baena CP. Revisão sistemática e metanálise: Padrão Ouro de evidência? Rev Med HC-UFPR 2014;1:71-4. http://doi.org/10.5380/rmu.v1i2.40706
Blosfeld CEF, Souza SD. Tratamento da Incontinência Urinária em Mulheres com Esclerose Múltipla (EM): Série de Casos. Rev Neurocienc 2012;20:58-67. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8302
Grzesiuk AK. Características clínicas e epidemiológicas de 20 pacientes portadores de esclerose múltipla acompanhados em Cuiabá-Mato Grosso. Arq Neuropsiquiatr 2006;64:635-8. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2006000400022
Williams AE, Vietri JT, Isherwood G, Flor A. Symptoms and association with health outcomes in relapsing-remitting multiple sclerosis: Results of a US patient survey. Mult Scler Int 2014;2014:203183. https://doi.org/10.1155/2014/203183
Abrams P, Andersson KE, Apostolidis A, Birder L, Bliss D, Brubaker L, et al. 6th International Consultation on Incontinence. Recommendations of the International Scientific Committee: evaluation and treatment of urinary incontinence, pelvic organ prolapse and faecal incontinence. Neurourol Urodyn 2018;37:2271-2. https://doi.org/10.1002/nau.23551
Rodrigues CP, Henriques FMD. O Impacto dos sintomas do trato urinário inferior na pessoa com esclerose múltipla. Rev Portug Enferm Reabil 2018;1:30-7. https://doi.org/10.33194/rper.2018.v1.n1.05.4390
Lopes J, Maciel DRK. Abordagem fisioterapêutica da hiperatividade detrusora na Esclerose Múltipla: revisão de literatura. Rev Neurocienc 2012;20:153-61. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8311
Liu YJ, Wu WY, Hsiao SM, Ting SW, Hsu HP, Huang CM. Efficacy of pelvic floor training with surface electromyography feedback for female stress urinary incontinence. Int J Nurs Pract 2018;24:e12698. https://doi.org/10.1111/ijn.12698
Yavas I, Emuk Y, Kahraman T. Pelvic floor muscle training on urinary incontinence and sexual function in people with multiple sclerosis: A systematic review. Mult Scler Relat Disord 2022;58:103538. https://doi.org/10.1016/j.msard.2022.103538
Brito RCO, Lima VB, Lima MCP. Desfechos da eletroestimulação do nervo tibial posterior no tratamento da bexiga neurogênica. Rev Neurocienc 2021;29:1-15. https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.11683
McClurg D, Ashe RG, Marshall K, Lowe-Strong AS. Comparison of pelvic floor muscle training, electromyography biofeedback, and neuromuscular electrical stimulation for bladder dysfunction in people with multiple sclerosis: a randomized pilot study. Neurourol Urodyn 2006;25:337-48. https://doi.org/10.1002/nau.20209
Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos em pesquisas e atividade física. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
Sherrington C, Herbert RD, Maher CG, Moseley AM. PEDro. A database of randomized trials and systematic reviews in physiotherapy. Man Ther 2000;5:223-6. https://doi.org/10.1054/math.2000.0372
Blobaum P. Physiotherapy Evidence Database (PEDro). J Med Libr Assoc 2006;94:477–8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1629414
Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. 2. ed. Hillsdale: Lawrence Erlbaum, 1988.
Ferreira AP, Pegorare AB, Salgado PR, Casafus FS, Christofoletti G. Impact of a pelvic floor training program among women with multiple sclerosis: A controlled clinical trial. Am J Phys Med Rehabil 2016;95:1-8. https://doi.org/10.1097/PHM.0000000000000302
Silva Ferreira AP, Souza Pegorare ABG, Miotto Junior A, Salgado PR, Medola FO, Christofoletti G. A controlled clinical trial on the effects of exercise on lower urinary tract symptoms in women with multiple sclerosis. Am J Phys Med Rehabil 2019;98:777-82. https://doi.org/10.1097/PHM.0000000000001189
Ma XX, Liu A. Effectiveness of electrical stimulation combined with pelvic floor muscle training on postpartum urinary incontinence. Medicine (Baltimore) 2019;98:e14762. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000014762
Kannan P, Winser SJ, Fung B, Cheing G. Effectiveness of pelvic floor muscle training alone and in combination with biofeedback, electrical stimulation, or both compared to control for urinary incontinence in men following prostatectomy: Systematic review and meta-analysis. Phys Ther 2018;98:932-45. https://doi.org/10.1093/ptj/pzy101
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ana Flávia Reis, Marina Borges Lírio da Silva, Rayra de Oliveira Gonçalves, Patrick Roberto Avelino, Kênia Kiefer Parreiras de Menezes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aceito: 2023-04-05
Publicado: 2023-04-10