Método Bobath na hemiparesia em pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.14694Palavras-chave:
Hemiparesia, Acidente Vascular Cerebral, Modalidades de Fisioterapia, BobathResumo
Introdução. A sequela mais comum do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a hemiparesia, caracterizada por diversas alterações motoras, sensitivas e cognitivas. A fisioterapia é fundamental para o cuidado desses indivíduos, que dispõe de opções terapêuticas como o conceito Neuroevolutivo Bobath. Objetivo. Realizar um levantamento da literatura sobre as contribuições do método Bobath na reabilitação da hemiparesia no AVC. Método. Revisão integrativa da literatura realizada nos bancos de dados PUBMED, Sistema Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library (SciELO) e Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Foram incluídos artigos experimentais publicados nos últimos 10 anos, disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, que se referiam à hemiparesia ou às funções associadas e que usaram o método Bobath como forma de tratamento, isoladamente ou associado a outras terapias. Resultados. Dez estudos foram considerados elegíveis. Foi possível identificar que a utilização do método Bobath esteve relacionada ao ganho de funcionalidade, como velocidade e qualidade da marcha, movimento e força muscular, mas não foi mais eficaz que outros métodos na melhora da cognição, propriocepção e equilíbrio sensorial e funcional. Conclusão. A escolha dos protocolos dependeu das condições de cada paciente, mas verificou-se que o aumento do tempo e intensidade dos treinamentos está associado a melhores desfechos, assim como o seguimento dos exercícios após a alta. Sugere-se a realização de novos estudos experimentais com amostras significativas que utilizem apenas o Bobath, para que se produzam evidências de maior qualidade.
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Aceito: 2023-02-28
Publicado: 2023-03-24