Instrumentos de avaliação e abordagens terapêuticas no acidente vascular cerebral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.14583

Palavras-chave:

Condutas Terapêuticas, Percepção Tátil, Reabilitação, Distúrbios somatossensoriais, Acidente Vascular Cerebral

Resumo

Introdução. O acidente vascular cerebral (AVC) pode causar alterações no sistema somatossensorial com diferentes graus de severidade que podem influenciar o desempenho funcional no retorno das atividades cotidianas. Desta forma, é fundamental compreender instrumentos e abordagens terapêuticas no contexto da reabilitação às pessoas com AVC. Objetivo. Identificar e descrever os instrumentos de avaliação e as abordagens terapêuticas utilizadas no contexto de reabilitação de pessoas pós-AVC com alterações somatossensoriais. Método. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, utilizando o método PICo. A identificação dos estudos foi realizada por meio das bases de dados Medline (Pubmed), Scielo e Lilacs. Foram selecionados estudos entre os anos de 2011 e 2021 no idioma português e inglês. Resultados. Foram selecionados 14 estudos. Os instrumentos de avaliação mais citados foram o Fugl-Meyer Assessment, o Nottingham Sensory Assessment e os monofilamentos de Semmes-Weinstein. As abordagens terapêuticas mais citadas foram a tarefas de discriminação sensorial, o reconhecimento de objetos e o treinamento de tarefas específicas. Conclusão. Estudos observacionais devem ser realizados para compreender os instrumentos avaliativos mais eficazes e seguros durante o processo terapêutico. Recomenda-se também estudos experimentais randomizados controlados e acompanhamento do processo de reabilitação somatossensorial, a fim de descrever as eventuais mudanças tanto no aspecto clínico como no cotidiano dos pacientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Gelatti MD, Angeli AAC. Um corpo: cartografando trajetórias de vida de sujeitos com sequelas de acidente vascular cerebral. Cad Bras Ter Ocupac 2019;27:149-67. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1697

Caro CC, Costa JD, Cruz DMC. O Uso De Dispositivos Auxiliares Para a Mobilidade E a IndependÊncia Funcional Em Sujeitos Com Acidente Vascular Cerebral. Cad Bras Ter Ocupac 2018;26:558-68. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1117

WHO. Global Health Estimates: Life expectancy and leading causes of death and disability. 2021 (acessadd 17/06/2021). Disponível em: https://www.who.int/data/gho/data/themes/mortality-and-global-health-estimates

Doman CA, Waddell KJ, Bailey RR, Moore JL, Lang CE. Changes in Upper-Extremity Functional Capacity and Daily Performance During Outpatient Occupational Therapy for People With Stroke. Am J Occup Ther 2016;70:7003290040p1-11. https://doi.org/10.5014/ajot.2016.020891

Polese JC, Tonial A, Jung FK, Mazuco R, Oliveira SGd, Schuster RC. Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocienc 2008;16:175-8. https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8628

Aramaki AL, Sampaio RF, Cavalcanti A, Dutra F. Use of client-centered virtual reality in rehabilitation after stroke: a feasibility study. Arq Neuropsiquiatr 2019;77:622-31. https://doi.org/10.1590/0004-282X20190103

Oliveira AIC, Silveira KRM. Utilização da CIF em pacientes com sequelas de AVC. Rev Neurocienc 2011;19:653-62. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8336

Cesário CMM, Penasso P, Oliveira APR. Impacto da disfunção motora na qualidade de vida em pacientes com Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocienc 2006;14:6-9. https://doi.org/10.34024/rnc.2006.v14.8780

Umeki N, Murata J, Higashijima M. Effects of Training for Finger Perception on Functional Recovery of Hemiplegic Upper Limbs in Acute Stroke Patients. Occup Ther Int 2019;2019:6508261. https://doi.org/10.1155/2019/6508261

Carey LM, Matyas TA, Baum C. Effects of Somatosensory Impairment on Participation After Stroke. Am J Occup Ther 2018;72:7203205100p1-10. https://doi.org/10.5014/ajot.2018.025114

Zandvliet SB, Kwakkel G, Nijland RHM, van Wegen EEH, Meskers CGM. Is Recovery of Somatosensory Impairment Conditional for Upper-Limb Motor Recovery Early After Stroke? Neurorehabil Neural Repair 2020;34:403-16. https://doi.org/10.1177/1545968320907075

Carlsson H, Rosen B, Pessah-Rasmussen H, Bjorkman A, Brogardh C. SENSory re-learning of the UPPer limb after stroke (SENSUPP): study protocol for a pilot randomized controlled trial. Trials 2018;19:229. https://doi.org/10.1186/s13063-018-2628-1

Borich MR, Brodie SM, Gray WA, Ionta S, Boyd LA. Understanding the role of the primary somatosensory cortex: Opportunities for rehabilitation. Neuropsychologia 2015;79:246-55. https://doi.org/10.1016/j.neuropsychologia.2015.07.007

Cahill LS, Lannin NA, Mak-Yuen YYK, Turville ML, Carey LM. Changing practice in the assessment and treatment of somatosensory loss in stroke survivors: protocol for a knowledge translation study. BMC Health Serv Res 2018;18:34. https://doi.org/10.1186/s12913-018-2829-z

Rand D. Proprioception deficits in chronic stroke-Upper extremity function and daily living. PLoS One 2018;13:e0195043. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0195043

Goodin P, Lamp G, Vidyasagar R, McArdle D, Seitz RJ, Carey LM. Altered functional connectivity differs in stroke survivors with impaired touch sensation following left and right hemisphere lesions. Neuroimage Clin 2018;18:342-55. https://doi.org/10.1016/j.nicl.2018.02.012

Lima N, Pereira S, Cacho RO, Cacho EWA, Freitas RPA, Honorato DC, et al. Desempenho sensório-motor na paresia aferente em paciente após acidente vascular encefálico crônico: relato de caso. Cons Saúde 2015;14:306-13. https://doi.org/10.5585/conssaude.v14n2.5252

Lima NM, Menegatti KC, Yu E, Sacomoto NY, Scalha TB, Lima INDF, et al. Sensory deficits in ipsilesional upper-extremity in chronic stroke patients. Arq Neuropsiquiatr 2015;73:834-9. https://doi.org/10.1590/0004-282X20150128

Green BN, Johnson CD, Adams A. Writing narrative literature reviews for peer-reviewed journals: secrets of the trade. J Chiropr Med 2006;5:101-17. https://doi.org/10.1016/s0899-3467(07)60142-6

Lockwood C, Munn Z, Porritt K. Qualitative research synthesis: methodological guidance for systematic reviewers utilizing meta-aggregation. Int J Evid Based Healthc 2015;13:179-87. https://doi.org/10.1097/xeb.0000000000000062

Ramos MF, Curi HT, Vida CPC, Favero FM, Ferretti EC. Órteses de membros superiores para pessoas com lesão medular a nível cervical: revisão integrativa. Rev Neurocienc 2021;29:1-19. https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.11658

Scalha TB, Miyasaki E, Lima NM, Borges G. Correlations between motor and sensory functions in upper limb chronic hemiparetics after stroke. Arq Neuropsiquiatr 2011;69:624-9. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2011000500010

Borstad A, Nichols-Larsen DS. The Brief Kinesthesia test is feasible and sensitive: a study in stroke. Braz J Phys Ther 2016;20:81-6. https://doi.org/10.1590/bjpt-rbf.2014.0132

Bolognini N, Russoa C, Edwards DJ. The sensory side of post-stroke motor rehabilitation. Restor Neurol Neurosci 2016;34:571-86. https://doi.org/10.3233/RNN-150606

Cruz DMC, Silva NS, Patti LP, Paiva G, Paolillo AR. Correlação entre sensibilidade, função manual e independência em indivíduos pós acidente vascular cerebral. Rev Med 2015;29:23-30. http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2015/v29n1/a4654.pdf

Carey L, Macdonell R, Matyas TA. SENSe: Study of the Effectiveness of Neurorehabilitation on Sensation: a randomized controlled trial. Neurorehabil Neural Repair 2011;25:304-13. https://doi.org/10.1177/1545968310397705

Dias CS, Alfieri FM, Battistella LR. Utilização de monofilamentos para avaliação sensorial em pacientes com sequela de Acidente Vascular Encefálico (AVE) - uma revisão sistemática. Neurologia 2019;55:22-8. https://doi.org/10.46979/rbn.v55i3.29689

Chia FS, Kuys S, Low Choy N. Sensory retraining of the leg after stroke: systematic review and meta-analysis. Clin Rehabil 2019;33:964-79. https://doi.org/10.1177/0269215519836461

Maki T QE, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento NH, Inque MMEA, Viana MA. Estudo de confiabilidade da aplicação da escala de Fugl-Meyer no Brasil. Braz J Phys Ther 2006;10:177-83. https://doi.org/10.1590/S1413-35552006000200007

Lima DHF, Queiroz AP, Salvo G, Yoneyama SM, Oberg TD, Lima NMFV. Versão Brasileira da Avaliação Sensorial de Nottingham: validade, concordância e confiabilidade. Braz J Phys Ther 2010;14:166-74. https://doi.org/10.1590/S1413-35552010005000006

Carey L, Nilsson M, Thijs V, Lannin N, Hillier S, Cadilhac D, et al. SENSe - Help stroke survivors regain a sense of touch. SENSe Therapy. 2022 (Acessado em 2022). Disponível em: https://sensetherapy.net.au/sense-therapy/

Downloads

Publicado

2023-09-12

Como Citar

Gardesani Tuvacek, I., Tafner Curi, H., & Chaves Ferretti, E. (2023). Instrumentos de avaliação e abordagens terapêuticas no acidente vascular cerebral. Revista Neurociências, 31, 1–21. https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.14583

Edição

Seção

Artigos de Revisão
Recebido: 2022-11-18
Aceito: 2023-08-23
Publicado: 2023-09-12

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)