Impactos da fraqueza muscular na marcha de pacientes com Esclerose Múltipla
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2022.v30.14111Palavras-chave:
esclerose multipla, marcha, caminhada cronometrada dos 25 pesResumo
Introdução. A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante que atinge o sistema nervoso central e se desenvolve de forma inflamatória e crônica. Pode apresentar diferentes manifestações clínicas que dependerão da região afetada. Manifestações clínicas que podem comprometer a marcha do paciente e consequentemente a sua independência. Objetivo. Analisar a correlação da velocidade e o desempenho no Timed 25-foot Walk (T25FW) com a força dos músculos de quadril, joelho e tornozelo. Método. Estudo observacional transversal analítico, realizado no Serviço de Análise do Movimento do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER). Que avaliou indivíduos com diagnóstico confirmado de EM, de ambos os sexos, acima de 18 anos, capazes de realizar a marcha sem nenhum auxílio. Foi mensurado a força muscular de membros inferiores (MMII), a velocidade da marcha e o desempenho no T25FW. Resultados. Participaram do estudo 50 indivíduos com idades entre 28 e 70 anos, em diferentes fases da evolução da EM, tempo de diagnóstico entre 2 a 27 anos. Observou-se uma correlação positiva moderada entre a força muscular e a velocidade, para os músculos flexores de quadril e joelho, tibial anterior e extensor longos dos dedos. Houve correlação negativa moderada entre a força muscular e o desempenho no T25FW, para os músculos flexores e abdutores de quadril, flexores e extensores do joelho, e tibial anterior. Conclusão. Os resultados deste estudo sugerem que a fraqueza muscular em alguns grupos dos MMII de pacientes com EM prejudicam a velocidade da marcha e o desempenho no T25FW.
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Aceito: 2022-12-07
Publicado: 2022-12-15