Estimulação neurossensorial e o seu impacto na vida de pacientes com paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.12646Palavras-chave:
infância, comprometimento neuropsicomotor, estimulação neurossensorial, suporte multidisciplinar, paralisia cerebralResumo
Introdução. A paralisia cerebral (PC) é uma patologia multifatorial, complexa e crônica, que ocorre durante a infância e se prolonga ao longo da vida, tendo como base o comprometimento no desenvolvimento psicomotor e neurossensorial, levando a limitações secundárias que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo. Avaliar o impacto da estimulação neurossensorial na qualidade de vida de pacientes com paralisia cerebral. Método. Pesquisa documental referente a um estudo de caso clínico de caráter qualitativo e retrospectivo, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020. Resultados. O suporte terapêutico ofertado deve englobar o apoio familiar juntamente com uma equipe multidisciplinar, que irão atuar na mobilização precoce, controle motor e postural, incentivo linguístico, sensorial e social. Desta forma, as técnicas de estimulação neurossensorial vêm sendo estudadas e empregadas, a fim de avaliar a resposta dos pacientes e suas perspectivas promissoras. Conclusão. As técnicas de estimulação neurossensorial que atuam nos cincos sentidos além de atividades que melhoram a função motora, ainda não possuem protocolos específicos de avaliação para pacientes com PC. No entanto é notório que as modificações a serem alcançadas com essas metodologias ocorrem de forma gradual, com grande impacto na qualidade de vida desses indivíduos, principalmente com o apoio e cuidado integrado da família com uma equipe multiprofissional.
Downloads
Métricas
Referências
Baxter P, Morris C, Rosenbaum P, Paneth N, Leviton A, Goldstein M, et al. The definition and classification of cerebral palsy. Dev Med Child Neurol 2007;49:1-44. https://doi.org/10.1111/j.1469-8749.2007.00001.x
O’Shea TM. Diagnosis, treatment, and prevention of cerebral palsy in near-term/term infants. Clin Obstetr Gynecol 2008;51:816-28. https://doi.org/10.1097/GRF.0b013e3181870ba7
Bar-On L, Molenaers G, Aertbeliën E, Campenhout AV, Feys H, Nuttin B, et al. Spasticity and its contribution to hypertonia in cerebral palsy. BioMed Res Int 2015;2015. https://doi.org/10.1155/2015/317047
Sanger TD, Delgado MR, Gaebler-Spira D, Hallett M, Mink JW. Classification and definition of disorders causing hypertonia in childhood. Pediatrics 2003;111:89-97. https://doi.org/10.1542/peds.111.1.e89
Pakula AT, Braun KVN, Yeargin-Allsopp M. Cerebral palsy: classification and epidemiology. Phys Med Rehab Clin 2009;20:425-52. https://doi.org/10.1016/j.pmr.2009.06.001
Monbaliu E, Himmelmann K, Lin JP, Ortibus E, Bonouvrié L, Feys H, et al. Clinical presentation and management of dyskinetic cerebral palsy. Lancet Neurol 2017;16:741-9. https://doi.org/10.1016/S1474-4422(17)30252-1
Koman LA, Smith BP, Shilt JS. Cerebral palsy. Lancet 2004;363:1619-31. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)16207-7.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde. Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral, 2013 (endereço na internet) (acessado em: 03/2020). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_paralisia_cerebral.pdf
Mayston MJ. People with cerebral palsy: effects of and perspectives for therapy. Neural Plasticit 2001;8:51-69. https://doi.org/10.1155/NP.2001.51
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce: crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia; 2016 (endereço na internet). (acessado em: abril/2020). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_estimulacao_criancas_0a3anos_neuropsicomotor.pdf
Wingert JR, Burton H, Sinclair RJ, Brunstrom JE, Damiana DL. Tactile sensory abilities in cerebral palsy: deficits in roughness and object discrimination. Develop Med Child Neurol 2008;50:832-8. https://doi.org/10.1111/j.1469-8749.2008.03105.x
Correa AGD, Ficheman IK, Nascimento M, Lopes RD. Computer assisted music therapy: A case study of an augmented reality musical system for children with cerebral palsy rehabilitation. Proceedings of the 2009 Ninth IEEE International Conference on Advanced Learning Technologies; 15-17 July 2009; Riga, Latvia. p.218-20. https://doi.org/10.1109/ICALT.2009.111
Kwak EE. Effect of rhythmic auditory stimulation on gait performance in children with spastic cerebral palsy. J Mus Therap 2007;44:198-216. https://doi.org/10.1093/jmt/44.3.198
Schwarz SM, Corredor J, Fisher-Medina J, Cohen J, Rabinowitz S. Diagnosis and treatment of feeding disorders in children with developmental disabilities. Pediatrics 2001;108:671-6. https://doi.org/10.1542/peds.108.3.671
Arvedson JC. Feeding children with cerebral palsy and swallowing difficulties. Eur J Clin Nut 2013;67:9-12. https://doi.org/10.1038/ejcn.2013.224
Dan B. The importance of olfaction in neurodisability. Develop Med Child Neurol 2019;61:4. https://doi.org/10.1111/dmcn.14075
Lo Cascio GP. A study of vision in cerebral palsy. Optom Vision Sci 1977;54:332-7. http://doi.org/10.1097/00006324-197705000-00011
Costa MF, Salomão SR, Berezovsky A, Haro FM, Ventura DF. Relationship between vision and motor impairment in children with spastic cerebral palsy: new evidence from electrophysiology. Behav Brain Res 2004;149:145-50. https://doi.org/10.1016/S0166-4328(03)00223-7
Duckman RH. Vision therapy for the child with cerebral palsy. J Am Optom Assoc 1987;58:28-35. https://psycnet.apa.org/record/1988-14445-001
Saavedra S, Woollacott M. Donkelaar PV. Head stability during quiet sitting in children with cerebral palsy: effect of vision and trunk support. Exp Brain Res 2010;201:13-23. https://doi.org/10.1007/s00221-009-2001-4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Anna Victória Almeida Lessa, Giulia Santos Pignata, Denis Carvalho Parry
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aceito: 2021-10-05
Publicado: 2021-11-10