Velocidade de marcha, força muscular e atividade mioelétrica em portadores de Esclerose Múltipla

Autores

  • Amanda Del Cistia
  • Ana Carolina Souza Moura da Silva
  • Camila Torriani
  • Fabio Navarro Cyrillo
  • Susi Fernandes
  • Isabella Costa Nova

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.10287

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Marcha, Eletromiografia

Resumo

Introdução. A Esclerose Múltipla (ME) é uma desordem neurológica progressiva degenerativa da bainha de mielina, que compromete a substância branca do Sistema Nervoso Central, afetando o controle motor, principalmente a marcha. O objetivo deste trabalho foi avaliar pacientes portadores de EM a fim de estabelecer a correlação entre o recrutamento muscular, força e a velocidade de marcha, comparado a um grupo controle. Método. Para o grupo experimental foram selecionados 7 indivíduos portadores de EM, e o grupo controle formado de 7 indivíduos saudáveis. Foi utilizada uma plataforma de 10m, mensurada a velocidade de marcha, além do recrutamento do músculo tibial anterior durante a mesma. Resultados. Observou-se redução importante na velocidade de marcha auto-selecionada e acelerada (p=0,017 e 0,009) e aumento significativo no recrutamento muscular durante a marcha auto-selecionada e acelerada (p<0,001) no grupo experimental, quando comparado a um grupo controle. Houve relação entre força muscular e velocidade de marcha. Conclusão. Conclui-se que há redução significativa da velocidade de marcha de pacientes portadores de EM quando comparada a um grupo controle, além de um recrutamento maior do músculo tibial anterior pelo grupo experimental. Baseado nos resultados sugere-se analisar demais parâmetros tais como, tônus muscular, goniometria eletrônica e momento de ação do músculo tibial anterior, bem como dos demais músculos sinergistas da marcha.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

1. Tejeda JB, Perez ESB. Comportamiento de La Fuerza Muscular y de la Marcha em um grupo de pacientes com esclerósis múltiple, sometidos a um programa de neuroreabilitación. Med Reabil 2004;23:46-48.
2. Frzovic D, Morris ME, Vowels L. Clinical tests of standing balance: performance of persons with multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2000;81:215-221.
3. Debolt LS, McCubbin JA. The effects of home-based resistance exercise on balance, power, and mobility in adults with multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2004;85:290-297.
4. White LJ, McCoy SC, Castelanno V, Gutierrez G, Stevens JE, Walter GA, et al. Resistence Training Improves Strength and Functional Capacity in Persons With Multiple Sclerosis. Multiple Sclerosis 2004;668-674.
5. McConvey J, Bennett SE. Reliability of the dynamic gait index in individuals with multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2005;86:130-133.
6. Morris ME, Cantwell C, Vowels L, Dodd K. Changes in gait and fatigue from morning to afternoon in people with multiple sclerosis. J Neurol Neurosurg Psychiatr 2002;72:361-365.
7. Madonna MG, Holland NJ, Levison PW. The value of physical therapy in improving gait in multiple sclerosis: A research desing. Rehabil Nurs 1985; 77:32-34.
8. Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle motor: teoria e aplicações práticas. São Paulo: Ed Manole, 2003, 592p.
9. Benedetti MG, Piperno R, Simoncino L, Bonato P, Tonini A, Giannini S. Gait abnormalities in minimally impaired multiple sclerosis patients. Multiple Sclerosis 1999;5:363-368.
10. Holden MK, Gill KM, Magliozzi MR. Gait Assessment for Neurologically Impaired Pacients. Standards for Outcome Assessment. Phys Ther 1986;66:1530-1539.
11. Bohannon RW. Comfortable and maximum walking speed of adults aged 20 to 79 years: reference values and determinants. Age Ageing 1997;26:15-19.
12. Cram JR, Kasman GS. Introduction to Surface Electromyography. Gaithersburg: Ed. Aspen Publicaton, 1998, 408p.
13. Kendall EM, Provance PG. Músculos Provas e Funções. 4ª edição, São Paulo: Ed Manole, 1995; p.200-202.
14. Albrecht H, Wotzel C, Erasmus LP, Kleinpeter M, Koing N, Pollmann W. Day-to-day of Maximum Walking Distance in MS Patients can Mislead to relevant changes in the Expanded Disability Scale (EDSS): averge walkin speed in a more constant parameter. Multiple Sclerosis. 2001; 7:107-109.

Downloads

Publicado

2007-06-30

Como Citar

Cistia, A. D., Silva, . A. C. S. M. da, Torriani, . C., Cyrillo, F. N., Fernandes, S., & Nova, . I. C. (2007). Velocidade de marcha, força muscular e atividade mioelétrica em portadores de Esclerose Múltipla. Revista Neurociências, 15(2), 102–107. https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.10287

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2020-02-17
Publicado: 2007-06-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)