Filosofia seiscentista: a descoberta da subjetividade?

Autores

  • Marilena Chauí Professora emérita do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2018.v5.9786

Palavras-chave:

subjetividade; racionalismo; idealismo alemão

Resumo

Que a filosofia do Século XVII afirma a autonomia da razão é inegável. Ao liberá-la da Revelação e dos dados imediatos da sensibilidade, afirma que o pensamento precisa e deve encontrar em si mesmo o caminho do verdadeiro, ou seja, instituir um método de investigação da verdade que assegure a marcha contínua e correta do pensar. No entanto, seguindo posição de Merleau-Ponty de que a subjetividade só é descoberta quando a consciência reflexiva se torna a forma canônica do Ser, não poderemos falar de filosofia da subjetividade para determinar o núcleo da filosofia do Século XVII. A descoberta do conceito de subjetividade é um feito do idealismo alemão, de Kant.

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Referências

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Publicado

2019-09-23

Como Citar

Chauí, M. (2019). Filosofia seiscentista: a descoberta da subjetividade?. Revista Limiar, 5(10), 3–24. https://doi.org/10.34024/limiar.2018.v5.9786