“Jogos de tinta”, semelhanças, imagens dialéticas: Walter Benjamin e a pintura chinesa

Autores

  • Fernando Araújo Del Lama Doutorando em Filosofia na Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9761

Palavras-chave:

Walter Benjamin, pintura chinesa, semelhança, imagem dialética.

Resumo

Trata-se de revisitar, a partir de um texto de Walter Benjamin sobre pinturas chinesas, as relações tecidas pelo filósofo entre certos aspectos intrínsecos a tais pinturas e algumas de suas concepções, tais como imagem dialética, semelhanças, dentre outras relativas à problemática das transformações modernas na estrutura da percepção. Por meio da reconstituição dos passos de Benjamin em suas considerações acerca da pintura chinesa, pretende-se conectá-las a seus próprios desenvolvimentos teóricos, de modo a desvelar a “iluminação recíproca” – a pintura chinesa auxilia na iluminação dos conceitos benjaminianos, do mesmo modo que estes auxiliam na compreensão dela – que orienta a argumentação exposta por ele.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften. Hrsg. von Rolf Tiedemann und Hermann Schweppenhäuser. 7 Bände. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1972-1989.
_____. Gesammelte Briefe. Hrsg. von Christoph Gödde und Henri Lonitz. 6 Bände. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1995-2000.
_____. Sobre o conceito de história, in: LÖWY, M. Walter Benjamin – aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Tradução das teses: Jeanne Marie Gagnebin e Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo, 2005. (Coleção Marxismo e Literatura)
_____. Werke und Nachlaß. Kritische Gesamtausgabe - Band 19: Über den Begriff der Geschichte. Herausgegeben von Gérard Raulet. Mit vierfarbigen Faksimiles. Berlin: Suhrkamp, 2010.
_____. Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem, in: Escritos sobre mito e linguagem (1915-1921). Organização, apresentação e notas: Jeanne Marie Gagnebin; tradução: Susana Kampff Lages e Ernani Chaves. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2011.
_____. Werke und Nachlaß. Kritische Gesamtausgabe - Band 13: Kritiken und Rezensionen. Herausgegeben von Heinrich Kaulen. Berlin: Suhrkamp, 2011.
_____. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Apresentação, tradução e notas: Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre, RS: Zouk, 2012.
_____. Rua de mão única; Infância em Berlim por volta de 1900, in: Rua de mão única. Tradução: Rubens Rodrigues Torres Filho e José Carlos Martins Barbosa; revisão técnica: Márcio Seligmann-Silva. 6ª ed. revista. São Paulo: Brasiliense, 2012. (Obras Escolhidas, vol. II)
_____. Origem do drama trágico alemão. Edição e tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. (Filô/Benjamin)
_____. Werke und Nachlaß. Kritische Gesamtausgabe - Band 16: Das Kunstwerk im Zeitalter seiner technischen Reproduzierbarkeit. Herausgegeben von Burkhardt Lindner. Berlin: Suhrkamp, 2013.
_____. “Doutrina das semelhanças”; “Sobre a faculdade mimética”; “Comentário” in: Linguagem, tradução, literatura (filosofia, teoria e crítica). Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. (Filô/Benjamin)
_____. Passagens. Edição alemã: Rolf Tiedemann; organização da edição brasileira: Willi Bolle; colaboração na organização da edição brasileira: Olgária Chain Féres Matos; tradução do alemão: Irene Aron; tradução do francês: Cleonice Paes Barreto Mourão; revisão técnica: Patrícia de Freitas Camargo. Belo Horizonte: UFMG, 2018.
_____. Pinturas chinesas na Bibliothèque Nationale. Tradução: Fernando Araújo Del Lama. Limiar, vol. 6, no 11, 2019, pp. 164-168.
_____. Werke und Nachlaß. Kritische Gesamtausgabe - Band 11: Berliner Chronik / Berliner Kindheit um neunzehnhundert. Herausgegeben von Burkhardt Lindner und Nadine Werner. Berlin: Suhrkamp, 2019.
BUSH, C. Ideographic modernism. China, writing, media. New York: Oxford University Press, 2010.
GILLOCH, G; KANG, J. “Ink-Play”: Walter Benjamin’s Chinese Curios. Sociétés, 2016/1 (no 131). Disponível em: < https://www.cairn.info/revue-societes-2016-1-page-119.htm# >. Acesso em 30/05/2019.
HANSEN, M. B. Room-for-Play: Benjamin’s Gamble with Cinema. October, Vol. 109 (Summer, 2004), pp. 3-45. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/3397658 >. Acesso em 30/05/2019.
MONNOYER, J-M. “Notice à Peintures chinoises à la Bibliothèque nationale” in: BENJAMIN, W. Écrits français. Introduction et notices de Jean-Maurice Monnoyer. Paris: Éditions Gallimard, 1991.
ROSS, A. Walter Benjamin’s concept of image. New York: Routledge, 2015.
SELIGMANN-SILVA, M. O local da diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. 2ª ed. São Paulo: Ed. 34, 2018.
VALÉRY, P. Introdução ao método de Leonardo da Vinci. Tradução: Geraldo Gérson de Souza. São Paulo: Ed. 34, 1998.
WOHLFARTH, I. Spielraum. O jogo e a aposta da “segunda técnica” em Walter Benjamin. Tradução: Luciano Gatti. Limiar, vol. 3, no 6, 2016. Disponível em: < https://periodicos.unifesp.br/index.php/limiar/article/view/9239 >. Acesso em 30/05/2019>.

Downloads

Publicado

2019-09-20

Como Citar

Del Lama, F. A. (2019). “Jogos de tinta”, semelhanças, imagens dialéticas: Walter Benjamin e a pintura chinesa. Revista Limiar, 6(11), 111–123. https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9761