A representação além da realidade: mimesis e conhecimento teorético na teoria poética aristotélica

Autores

  • Giangiacomo Vale Università degli Studi Niccolò Cusano, Roma
  • Cristiane Maria Rebello Nascimento Professora no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9757

Palavras-chave:

Aristóteles, Poética, tragédia grega, Mimesis, Eikos

Resumo

O pensamento aristotélico a propósito da poesia representa uma superação do entendimento da mimesis como simples reprodução da realidade. Aristóteles concorda com Platão a respeito da essência da arte ser a imitação. Entretanto, os dois filósofos têm posições opostas quanto à qualidade epistemológica da mimesis: enquanto Platão entende a mimesis com a arte de produzir fantasmas da realidade e a considera como doxa, para Aristóteles ela é uma arte capaz de representação do universal. De acordo com Aristóteles, a arte mimética é uma atividade cognitiva na medida em que permite um entendimento quase filosófico dos eventos humanos, quanto a possibilidade e probabilidade deles: ela expressa a ação e interação humana em sua universalidade. Atribuindo à poesia um poder cognitivo e considerando-a um conhecimento, atribui consequentemente ao "conhecimento poético" uma natureza fundante e, portanto, de guia hermenêutico e de conhecimeto normativo.

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Publicado

2019-09-20

Como Citar

Vale, G., & Nascimento, C. M. R. (2019). A representação além da realidade: mimesis e conhecimento teorético na teoria poética aristotélica. Revista Limiar, 6(11), 38–68. https://doi.org/10.34024/limiar.2019.v6.9757

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