O destronamento da aura e a mutação da percepção na era da arte pós-aurática em Walter Benjamin

Autores

  • Rogério Silva de Magalhães Mestre e doutorando em filosofia pela UNIFESP.

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v1.9278

Palavras-chave:

aura, técnica, cinema, percepção, Benjamin

Resumo

Este artigo visa analisar duas questões conhecidas nos estudos benjaminianos: o declínio da aura na era da arte reprodutível e as mudanças na percepção dos indivíduos em relação à arte pós-aurática. Para dar conta dessas questões, faremos uma incursão na segunda versão do ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” em busca das considerações de Benjamin sobre o cinema, forma de arte desauratizada por excelência, e, ao mesmo tempo, com o propósito de enriquecer a discussão, pretendemos refletir acerca das concepções de Eisenstein sobre o cinema, o qual considera que a função do filme é causar impacto na percepção do espectador. Tanto Eisenstein quanto Benjamin compartilham a mesma ideia sobre o potencial revolucionário do cinema.

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Publicado

2019-03-24

Como Citar

Magalhães, R. S. de. (2019). O destronamento da aura e a mutação da percepção na era da arte pós-aurática em Walter Benjamin. Revista Limiar, 1(2), 132–177. https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v1.9278