A Contra-Reforma, o ornamento na arte e a arquitetura religiosa
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v2.9267Palavras-chave:
Contra-Reforma, Concílio de Trento, arte religiosa, arquitetura sagrada, tratadosResumo
Apesar de reiterar a relevância e a sacralidade das imagens, tomadas como meio de devoção e forma de incitação à piedade, os decretos finais do Concílio de Trento promovem uma revisão da arte eclesiástica e a fixação de novos padrões, marcados por uma radicalização da noção de decoro e uma estrita severidade. No que concerne à pintura narrativa, as prescrições comparecem em uma profícua literatura produzida por homens da igreja e reformistas, determinados a alterar os temas pintados, banir a nudez e devolver a decência à arte religiosa. Mas os debates de quase duas décadas de trabalho do Concílio tridentino para a Reforma da Igreja Católica também encontraram ecos na arquitetura religiosa do período e a tratadística quinhentista já indica a assimilação de princípios contrareformistas, conjugados, porém, às preceptivas de Vitrúvio e Alberti.
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