A ESQUIZOFRENIA DE DIFERENÇA E REPETIÇÃO À LÓGICA DO SENTIDO
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2015.v2.9256Palavras-chave:
esquizofrenia, ontologia, linguagem, metafísica, imanênciaResumo
O artigo se propõe a analisar a maneira em que Artaud, o esquizofrênico, estremece o pensamento de Deleuze ainda antes do Anti-Édipo (1972) e do seu encontro com Guattari. O projecto geral de Diferença e repetição (1968) estremece no preciso momento em que, na 13a série da Lógica do sentido (1969), Deleuze passa a admitir a “ameaça inicialmente imperceptível” de um não-sentido esquizofrênico e da espécie de destrutividade ou sem-fundo esquizofrênico dos corpos que pressupõe. É a partir deste ponto de vista que abordaremos como “o problema da esquizofrenia” tal como surge na Lógica do sentido está na origem de uma nova concepção de imanência no pensamento de Deleuze, da gênese do seu projecto crítico e clínico e, fi nalmente, de uma nova teoria do inconsciente que, apostando tudo numa suposta origem sexual da linguagem, reorienta a própria psicanálise na direcção de uma “psicanálise do sentido”.
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Referências
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