O caráter específico do romance em Teoria do Romance de György Lukács e a liberdade em Schiller

Autores

  • Bruno Moretti Falcão Mendes É doutorando em Filosofia no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UNIFESP. Bolsista Capes.

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9250

Palavras-chave:

Lukács, romance, virilidade madura, Schiller, liberdade absoluta

Resumo

No presente artigo, tendo como centralidade a discussão acerca de TdR, de György Lukács, buscar-se-á apresentar Schiller como uma via de acesso e leitura aos aspectos fundamentais da autonomia e finalidade interna da obra ressaltados na estética de juventude de Lukács, apropriados aqui com o objetivo de convergir em torno de uma melhor formulação acerca da problemática do romance e o seu caráter qualitativamente único em sua relação com a época histórica, a virilidade madura do romance. Situando de modo histórico-filosófico a problemática das formas, tem-se a virilidade madura do romance enquanto totalidade fechada em si mesma, na configuração de sua forma projetando um mundo que não é mais adequado ao sujeito. O romance explicita algo sintomático diante do vivido, a liberdade de tornar-se autoconsciente da incompletude do mundo. Em Schiller, a criação poética como possibilidade de uma produção autêntica para a liberdade absoluta estaria delimitada pela subjetividade do gênio.

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Publicado

2019-03-24

Como Citar

Mendes, B. M. F. (2019). O caráter específico do romance em Teoria do Romance de György Lukács e a liberdade em Schiller. Revista Limiar, 3(5), 173–192. https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9250