Diálogos entre Benjamin e Brecht:
o caso da peça Um homem é um homem
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9231Palavras-chave:
arte, política, teatro épico, Brecht, BenjaminResumo
Este artigo pretende apresentar, a partir de um estudo da peça Um homem é um homem, de Brecht, aspectos centrais da interpretação benjaminiana da relação entre experimentações formais e engajamento político no teatro épico de Brecht, concebido pelo dramaturgo como um “teatro materialista”. Partindo de uma análise da materialidade da obra, buscaremos, então, compreender o foco da leitura benjaminiana da peça à luz de seu diagnóstico das transformações da percepção, do declínio da experiência (Erfahrung) e da arte de narrar na modernidade. Buscaremos também identificar, já em ato no contexto de sua interpretação do teatro épico, o movimento de elaboração de conceitos cruciais para sua teoria crítica da histórica, como as noções de “interrupção” e “dialética na imobilidade” (Dialektik im Stillstand).
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