O colecionador entre a arte e a história:
sobre a materialidade no materialismo histórico de Walter Benjamin
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9228Palavras-chave:
colecionador, arte, materialismo históricoResumo
O artigo aborda o papel do colecionador no pensamento de Walter Benjamin, especialmente no que diz respeito às suas reflexões sobre arte e cultura no escopo do materialismo histórico. Como ponto de partida, apresento alguns traços característicos do colecionador segundo Benjamin. Em seguida, destaco o colecionador e historiador Eduard Fuchs, bem como algumas das obras de arte de sua coleção e alguns conhecimentos que ele chega a partir de sua paixão de colecionador. Concluo o texto com uma tentativa de significar a ruptura histórica do colecionador Fuchs a partir da teoria estética de Benjamin.
Downloads
Referências
ALMEIDA, J. & BADER, W. (orgs.) O pensamento alemão no século XX: grandes protagonistas e recepção das obras no Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
BELTING, H. O fim da história da arte: uma revisão dez anos depois. Tradução Rodnei Nascimento. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
BENJAMIN, W. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Apresentação, tradução e notas de Francisco De Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre: Zouk, 2012
________. Eduard Fuchs: colecionador e historiador. Tradução de Francisco Pinheiro Machado. Manuscrito.
________. Gesammelte Schriften II.2. Herausgegeben von Rolf Tiedemann und Hermann Schweppenhäuser; Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991.
________. Illuminations. Translated by Harry Zohn; edited and with an introduction by Hannah Arendt. New York: Schocken Books, 1969.
________. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (obras escolhidas v. 1). Tradução de Sérgio Paulo Rouanet; prefácio JeanneMarie Gagnebin; revisão técnica de Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Brasiliense, 2012
________. O anjo da história. Organização e tradução de João Barrento; Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2012.
________. Passagens. Willi Bolle e Olgária Matos (orgs); tradução do alemão Irene Aron; tradução do francês Cleonice Paes Barreto Mourão; revisão técnica Patrícia de Freitas Camargo. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.
________. Rua de mão única (Obras escolhidas v. 2). Tradução Rubens Rodrigues Torres Filhos e José Carlos Martins Barbosa; revisão técnica Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Brasiliense, 2012.
BÜRGER, P. Teoria da vanguarda. Tradução José Pedro Antunes. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
CAVALCANTI, J. D. “Honoré Daumier: arte e política na temática das obras Emigrantes e Fugitivos”, in. Revista-Valise, v. 2, n. 3, ano 2, 2012.
CHAVES, E. No limiar do moderno: estudos sobre Friedrich Nietzsche e WalterBenjamin. Belém: Paka-Tatu, 2003.
FUCHS, E. Die Karikatur der europäischen Völker vom Altertum bis zur Neuzeit. Berlin: A. Holmann & Comp., 1904.
FUCHS, E. Geschichte der erotische Kunst. Berlin: Verlag Klaus Huhl, 1977.
HUONKER, T. Revolution, Moral & Kunst – Eduard Fuchs: Leben und Werk. Zürich: Limmat Verlag Genossenschaft, 1985.
LINDNER, B. (org.), Benjamin-Handbuch. Stuttgart: Metzler Verlag, 2006.
MATOS, O. Discretas esperanças. São Paulo: Ed. Nova Alexandria, 2006.
MATTOS, C. “Winckelmann, a bela alegoria e a superação do paragone entre as artes”; Rio de Janeiro: Matraga, v.18 n.29, 2011.
OEHLER, D. Quadros parisienses (1830-1848): estética anti-burguesa em Baudelaire, Daumier e Heine. Tradução José Marcos Macedo. São Paulo: Companhia das Letras,
WINCKELMANN, J. J. Reflexões sobre a arte antiga. Tradução Herbert Caro e Leonardo Tochtrop. Porto Alegre: Ed. Movimento; Ed. UFRG, 1975.
WÖLFFLIN, Heinrich. A arte clássica. Tradução Marion Fleischer. São Paulo: Martins Fontes, 1990.