Benjamin e o Expressionismo:

Barroco, alegoria e perda da experiência

Autores

  • Luciano Vale Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia da UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9226

Palavras-chave:

Expressionismo, Barroco, alegoria, autômato, experiência

Resumo

Este artigo pretende apresentar pontos de contato entre Walter Benjamin e o Expressionismo. Para isso, buscar estabelecer um trajeto que se inicia pelas “afinidades eletivas” entre Expressionismo e Barroco apontadas em seu estudo do Trauerspiel, passando pelo uso da alegoria presente tanto nas obras barrocas quanto das vanguardas históricas, até chegar ao recurso de imagem do pensamento em Benjamin. Nessa linha, sua alegoria do autômato, – em sentido mais amplo – representa uma imagem da perda da experiência na sociedade industrial. À vista disso, propomos uma aproximação dessa concepção com a tipologia e caracterização de personagens do cinema expressionista.

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Publicado

2019-03-24

Como Citar

Vale, L. (2019). Benjamin e o Expressionismo:: Barroco, alegoria e perda da experiência. Revista Limiar, 3(6), 91–119. https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9226