Ser objetivo como não-identidade:

sobre as críticas de Marx e Adorno a Hegel

Autores

  • Giovanni Zanotti Doutor em Filosofia pela Universidade de Pisa. Pós-doutorando no Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (bolsa PNPD/CAPES).

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9219

Palavras-chave:

idealismo objetivo, crítica dialética, Manuscritos econômico-filosóficos, dialética negativa, materialismo

Resumo

Um tema clássico na interpretação de Hegel é o da relação entre “método” e “sistema”, elementos formais e estruturais, por um lado, e conteúdos particulares, por outro. Esse problema adquire uma relevância especial nas tentativas de crítica filosófica: se em Hegel há algo falso, o erro é de método, de conteúdo, ou ambos? Neste artigo são examinadas duas críticas exemplares à dialética hegeliana, a do jovem Marx na Crítica de 1843 e nos Manuscritos econômico-filosóficos, e a de Adorno nos Três estudos sobre Hegel e na Dialética negativa. As duas convergem na premissa – a reivindicação do momento objetivo na subjetividade – e na conclusão – a denúncia do caráter apologético da filosofia hegeliana. Contudo, enquanto a tese marxiana de uma redução, em Hegel, da objetividade à “consciência-de-si” não consegue, em última análise, dar conta da estrutura geral do idealismo objetivo hegeliano, mas apenas de algumas contradições específicas no sistema, a estratégia adorniana de uma dialética da identidade mostra-se mais adequada à exigência de uma crítica do método hegeliano como crítica imanente.

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Referências

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Publicado

2019-03-24

Como Citar

Zanotti, G. (2019). Ser objetivo como não-identidade:: sobre as críticas de Marx e Adorno a Hegel. Revista Limiar, 4(7), 191–206. https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9219