Hegel, a modernidade e a (re)invenção do discurso

Autores

  • Juliano Moreira Lagoas Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2006), mestre em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2010) e Doutor em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (2016).

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9210

Palavras-chave:

Discurso, Modernidade, Conceito, Razão, Negativo

Resumo

Nenhum outro filósofo antes de Hegel concedeu à questão do presente e da história um lugar tão central no conjunto de questões que definem um programa filosófico. É a aposta em uma legibilidade integral das estruturas históricas da racionalidade ocidental, unificadas no interior da diversidade de seus momentos constitutivos, que anima, de parte a parte, a experiência intelectual hegeliana. Este artigo busca evidenciar os laços estreitos que ligam o programa filosófico hegeliano às expectativas, cisões e impasses nos quais a filosofia de seu tempo – isto é, a modernidade – se enredara. Nesse sentido, tratar-se-á de mostrar como, a partir da crítica aos modelos de inteligibilidade do pensamento moderno, Hegel (re)inventa a categoria do discurso, produzindo um modo radicalmente novo de articular noções clássicas tais como as de “entendimento”, “representação”, “conceito” e “razão”.

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Publicado

2019-03-24

Como Citar

Lagoas, J. M. (2019). Hegel, a modernidade e a (re)invenção do discurso. Revista Limiar, 4(7), 3–20. https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9210