Hegel, a modernidade e a (re)invenção do discurso
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2017.v4.9210Palavras-chave:
Discurso, Modernidade, Conceito, Razão, NegativoResumo
Nenhum outro filósofo antes de Hegel concedeu à questão do presente e da história um lugar tão central no conjunto de questões que definem um programa filosófico. É a aposta em uma legibilidade integral das estruturas históricas da racionalidade ocidental, unificadas no interior da diversidade de seus momentos constitutivos, que anima, de parte a parte, a experiência intelectual hegeliana. Este artigo busca evidenciar os laços estreitos que ligam o programa filosófico hegeliano às expectativas, cisões e impasses nos quais a filosofia de seu tempo – isto é, a modernidade – se enredara. Nesse sentido, tratar-se-á de mostrar como, a partir da crítica aos modelos de inteligibilidade do pensamento moderno, Hegel (re)inventa a categoria do discurso, produzindo um modo radicalmente novo de articular noções clássicas tais como as de “entendimento”, “representação”, “conceito” e “razão”.
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