Os paradoxos de Schiller sobre o classicismo
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2024.v11.20707Resumo
A filosofia de Schiller possui uma concepção ternária da História. Diante de um presente que fracassou, o filósofo volta o seu olhar para os gregos clássicos, a fim de pensar uma sociedade futura. Schiller institui uma nova relação com o passado. N’A educação estética do homem, de 1795, Schiller se coloca a seguinte pergunta: de que modo criar uma sociedade nova? Ora, em seus ensaios, a cultura da Antiguidade aparece como referência ideal do passado, ao mesmo tempo, como modelo cultural com o qual o presente é criticamente comparado e como farol que ilumina o caminho da emancipação. A cultura grega é como o fogo demoníaco de Prometeu, que da Antiguidade acende a chama do Ideal na Modernidade. Com efeito, Schiller retoma em seus textos a questão do helenismo classicista que marcou a estética alemã do século XVIII. A partir das Cartas estéticas e do ensaio Poesia ingênua e sentimental pretende-se investigar, se existe um conteúdo histórico nos conceitos de ingênuo e sentimental ou se trataria apenas de modos de criação poética; segundo, se haveria uma estética histórica na filosofia de Schiller ou uma filosofia histórica da arte; terceiro, o caráter paradoxal na posição de Schiller sobre o Classicismo.
Referências
BEISER, F. Enlightenment, revolution, and romanticism: the genesis of modern German political thought, 1790-1800. London: Harvard University Press, 1992.
BORCHMEYER, D., What is Classicism? In: The Literature of Weimar Classicism. Camden House history of German literature; v. 7, 2005.
KANT, I., Crítica da faculdade de julgar. Petrópolis: Editora Universitária São Francisco, 2016.
NAVES, R., Prefácio. In: ARGAN, G. C., Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
RICHTER, S. Introduction. In: The Literature of Weimar Classicism. Camden House history of German literature; v. 7, 2005.
SCHILLER, F. Schillers Werke. Nationalausgabe. Weimar: Hermann Böhlaus, 1969.
___________. A educação estética do homem. Tradução de Márcio Suzulki. São Paulo: Iluminuras, 2002.
___________. Poesia ingênua e sentimental. Tradução de Márcio Suzulki. São Paulo: Iluminuras, 1991.
___________., Xenien. Weimar: Böhlau Verlag, 1992.
SÜSSEKIND, P. Clássico ou romântico: a reflexão de Friedrich Schiller sobre a poesia na modernidade. v. 20 n. 30, 2011.
SZONDI, P. Poetik und Geschichtsphilosophie I. Studienausgabe der Vorlesungen Band 2. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1974.
___________. Schriften II, Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1978.
ZELLE, C. Schiller Handbuch. Leben Werk. Wirkung. Über naive und sentimentalische Dichtung. Stuttgart: J.B. Metzler, 2011.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Lucas Maximiano

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
