Esboço para uma centaurologia
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2023.v10.18897Palavras-chave:
hibridismo, mito, figuração, produtividade textualResumo
Em linhas gerais, este artigo consiste em uma abordagem dos conceitos de hibridização e figuração como operadores do texto literário, entendendo a forma híbrida da escrita, desde a sua formação, como uma propensão imanente no processo de produção de sentidos e da prática significante. É assim que na história dos gêneros o hibridismo pode ser visto como uma força subterrânea dos textos literários que se mostra ativa no entrecruzamento de várias formações genéricas. Nesse sentido, o desvio para híbrido como devir da literatura é pensado em suas interfaces com vários saberes: mito, arte, filosofia, psicanálise, além de ser analisado na experiência textual de autores como Nietzsche, Borges e Fernando Pessoa.
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