O cinema de Diderot
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2023.v10.18876Palavras-chave:
Denis Diderot, filosofia, teatro, cinema, iluminismoResumo
O objetivo do ensaio é indicar a origem de algumas características do cinema hegemônico atual em escritos de Denis Diderot (1713-1784). Centrado sobretudo em três escritos do autor francês (Le Père de famille, Entretiens sur Les Fils naturel, De la poésie dramatique), o texto aborda o modo como o pensador trabalhou o sistema dramático, o drama burguês, a visualidade, a pantomima, a partilha emocional entre personagens e espectadores, o efeito de realidade no palco, dentre outros temas. Também são abordadas, a partir de tais escritos, as noções de beleza, verdade, virtude e utopia. Para tanto, dois comentadores da obra de Diderot são especialmente mobilizados: Peter Szondi e Luiz Fernando Batista Franklin de Matos. A perspectiva do texto é sinalizar brevemente como alguns elementos emancipatórios iluministas do teatro de Diderot converteram-se, nos séculos XIX e XX, em procedimentos para produção de falsa consciência.
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