A autonomização tardia e subordinada da criação de moda no Brasil nos anos 1950 e 1960
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2022.v9.15756Palavras-chave:
Moda, Consumo, História, Identidade, CulturaResumo
O campo profissional da criação de moda emergiu no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, cerca de um século após sua autonomização na França, por exemplo, nação pioneira na chamada haute couture, onde os couturières assumiram a condição de artistas desde meados do século XIX, agregando deste modo valor simbólico a peças vestíveis. Com base em conceitos formulados pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, este artigo resgata e analisa a autonomização deste campo profissional, no Brasil, em seus aspectos de legitimação, normatização, formação e consagração, atrelando a temporalidade dos eventos e as posições ideológicas dos atores envolvidos no processo à condição perpetuada pelo país de economia periférica e de cultura subordinada aos centros hegemônicos do capitalismo internacional.
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