Autologia e solipsismo: imagens da filosofia na obra de Samuel Beckett
DOI:
https://doi.org/10.34024/limiar.2021.v8.12768Palavras-chave:
Samuel Beckett, Filosofia e literatura, Teoria CríticaResumo
Partindo da imagem da “autologia”, extraída por Beckett da filosofia de Geulincx e inserida no âmago de sua trilogia do pós-guerra, este artigo comunicação pretende discutir maneiras diversas de interpretar referências filosóficas na obra de Beckett. A imagem da “autologia”, no caso, permitiria revisitar um antigo tópico da recepção beckettiana, a saber, a paródia do cartesianismo, podendo ser pensada tanto como configuração imagética – imagem de ideias – de uma filosofia no interior da obra literária como índice de convergência de dois projetos distintos e autônomos, um literário, outro filosófico. Com o intuito de desdobrar essas questões, pretende-se comparar uma abordagem recente do assunto – a teoria da imagem filosófica proposta por Anthony Uhlmann – com uma mais antiga – a defesa por Adorno do solipsismo beckettiano.
Downloads
Referências
ACKERLEY, C.; GONTARSKI, S. E. (ed.). The Faber Companion to Samuel Beckett. Londres: Faber & Faber, 2006.
ADORNO, T. W.; BOELICH, W.; ESSLIN, M.; FALKENBERG, H-G.; FISCHER, E. “Optimistisch zu denken ist kriminell”. Eine Fernsehdiskussion über Samuel Beckett, in Frankfurter Adorno Blätter III, Hrsg. vom Theodor W. Adorno Archiv. München: edition text + kritik, 1992.
ADORNO, T. W.. “Skizze einer Interpretation des 'Namenlosen'”. In Frankfurter Adorno Blätter III. Hrsg. vom Theodor W. Adorno Archiv. München: edition text + kritik, 1992.
________. “Versuch, das Endspiel zu verstehen”. In Noten zur Literatur. Gesammelte Schriften 11. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997.
________. “Engagement”. In Noten zur Literatur. Gesammelte Schriften 11. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997.
________. “Crítica Cultural e Sociedade”. In Prismas. Tradução de Augustin Wernet e Jorge de Almeida. São Paulo: Ática, 1998.
________. Dialética negativa. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
BECKETT, S. Molloy; Malone Dies; The Unnamable. London: Calder, 1994.
________. Molloy. Tradução de Ana Helena Souza. São Paulo: Globo, 2007.
________. O Inominável. Tradução de Ana Helena Souza. São Paulo: Globo, 2009.
________. Três diálogos com Georges Duthuit, in ANDRADE, F. S. Samuel Beckett: o silêncio possível. Cotia: Ateliê, 2001.
FELDMAN, M. Beckett's Books. London, New York: Continuum, 2006.
HULLE, D.; WELLER, S. The making of Samuel Beckett’s L’Innommable/The Unnamable. Brussels: University Press Antwerp / London, Bloomsbury, 2014.
NIXON, M. Samuel Beckett's german diaries 1936-1937. London: Continuum, 2011.
UHLMANN, A. Samuel Beckett and the Philosophical Image. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
________. “Beckett’s intertexts”. In HULLE, D. (ed.) The New Cambridge Companion to Samuel Beckett. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Luciano Gatti
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.