As formas do tempo

Considerações sobre a diversidade de sentidos da noção de aura em Walter Benjamin

Autores

  • Bernardo Barros Coelho de Oliveira Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2022.v9.12378

Palavras-chave:

Aura, Walter Benjamin, Experiência, Tempo histórico, Charles Baudelaire

Resumo

O artigo revisita o tema dos diferentes usos da noção de aura na obra de Walter Benjamin, tendo como referência os ensaios “Pequena história da fotografia”, “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” e “Sobre alguns temas em Baudelaire.” Defendemos aqui a posição de que neste último ensaio surge um uso da noção que pode ser considerada a mais importante, não apenas por sua posição cronológica, mas principalmente pelas perspectivas que esta oferece para o desdobramento de questões que interligam o campo da filosofia da arte com outras esferas do debate filosófico em torno do legado deste autor, como a compreensão da forma do tempo histórico. Será proposta uma intepretação do soneto “A uma passante”, de Baudelaire, como forma de enfatizar aspectos desta versão da palavra aura, assim como uma incursão pela referência, sugerida pelo próprio Benjamin, à sua leitura de juventude da teoria do conhecimento dos primeiros românticos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Baudelaire, Charles. Quadros parisienses e poemas do vinho. Tradução de Fernando Ribeiro. Edição bilíngue. Rio de Janeiro: Hexis, 2013.

________________ As flores do mal. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Edição bilíngue. São Paulo: Cia das Letras/Penguin, 2019.

Benjamin, Walter. Gesammelte Schriften I-1 e I-2. Frankfurt: Suhrkamp, 1997.

_______________Diário de Moscou. Tradução de Hildegard Herbold. São Paulo: Brasiliense.

_______________ “Pequena história da fotografia”. Tradução de Maria Luz Moita. In Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio D’Água, 1992.

_______________“Paris, capital do século XIX. Exposé de 1935”. In. Passagens. Tradução de Irene Aron. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2018.

_______________“A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica.” Tradução de Marijane Lisboa. In. Benjamin e a obra de arte. Técnica, imagem, percepção. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

_______________“Sobre alguns temas em Baudelaire”. Tradução José Carlos Martins Barbosa. In. Obras escolhidas III. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.

______________ “A Paris do Segundo Império em Baudelaire”. Tradução de José Carlos Martins Barbosa. In. Obras escolhidas III. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.

______________O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Tradução de Márcio Seligman-Silva. São Paulo: Iluminuras, 1993.

Palhares, Taísa Helena Pascale. Aura: A crise da arte em Walter Benjamin. São Paulo: Barracuda, 2006.

Didi-Huberman, Georges. O que vemos, o que nos olha. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 1998.

Rochlitz, Rainer. O desencantamento da arte. Tradução de Maria Helena Ortiz Assumpção. Bauru, SP: EDUSC, 2003.

Simmel, Georg. “A metrópole e a vida mental”. Tradução de Sérgio Marques dos Reis. In. Velho, Otávio Guilherme (org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987.

Löwy, Michael. Aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Tradução de Wanda Nogueira Caldeira Brandt. São Paulo: Boitempo, 2005.

Ricoeur, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François. São Paulo; Editoria Unicamp, 2007.

Downloads

Publicado

2022-08-16

Como Citar

Barros Coelho de Oliveira, B. (2022). As formas do tempo: Considerações sobre a diversidade de sentidos da noção de aura em Walter Benjamin. Revista Limiar, 9(17), 196–224. https://doi.org/10.34024/limiar.2022.v9.12378