Tradição, memória e contar histórias

Walter Benjamin, da literatura à política

Autores

  • Fernando Araújo Del Lama USP

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.12083

Palavras-chave:

Walter Benjamin, Memória, tradição, contar histórias, literatura

Resumo

Trata-se de destacar, na obra de Walter Benjamin, o contexto literário no qual surgem os conceitos de tradição, memória e contar histórias (erzählen), recorrendo, para tanto, a seus ensaios sobre autores tais como Charles Baudelaire, Marcel Proust e Nikolai Leskov, bem como enfatizar o modo como o conceito de experiência (Erfahrung) os articula e permite a unificação de seus sentidos no plano das reflexões políticas do filósofo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, T.; BENJAMIN, W. Correspondência 1928-1940. Tradução de José Marco Mariani de Macedo. São Paulo: UNESP, 2012.

ARENDT, H. “Walter Benjamin (1892-1940)”, in: _____. Homens em tempos sombrios. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

BAUDELAIRE, C. As flores do mal: edição bilíngue. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.

BENJAMIN, A. “Tradition and Experience. Walter Benjamin's 'On Some Motifs in Baudelaire'”, in: _____ (Ed.). The Problems of Modernity: Adorno and Benjamin. London: Routledge, 1989.

BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften. Hrsg. von Rolf Tiedemann und Hermann Schweppenhäuser. 7 Bände. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1972-1989.

_____. Gesammelte Briefe. Hrsg. von Christoph Gödde und Henri Lonitz. 6 Bände. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1995-2000.

_____. “Sobre o conceito de história”, in: LÖWY, M. Walter Benjamin – aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Tradução das teses de Jeanne Marie Gagnebin e Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo, 2005.

_____. Werke und Nachlaß. Kritische Gesamtausgabe – Band 19: Über den Begriff der Geschichte. Herausgegeben von Gérard Raulet. Mit vierfarbigen Faksimiles. Berlin: Suhrkamp, 2010.
_____. “A Imagem de Proust”; “O Narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”, in: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. 8ª ed. Revista. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet; revisão técnica de Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Brasiliense, 2012.

_____. “Imagens de pensamento”, in: Imagens de pensamento – Sobre o haxixe e outras drogas. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

_____. “Sobre alguns motivos na obra de Baudelaire”, in: Baudelaire e a modernidade. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

_____. “O contador de histórias. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”, in: A arte de contar histórias. Organização e posfácio de Patrícia Lavelle; tradução de Georg Otte, Marcelo Backes e Patrícia Lavelle. São Paulo: Hedra, 2018.

_____. “O contador de histórias: reflexões sobre a obra de Nikolai Leskov”, in: Linguagem, tradução e literatura (filosofia, teoria e crítica). Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2018a.

_____. Passagens. Org. Willi Bolle. Tradução do alemão de Irene Aron; tradução do francês de Cleonice Paes Barreto Mourão; revisão técnica de Patrícia de Freitas Camargo. Belo Horizonte: UFMG, 2018b.

BERDET, M. Eight Thesis on Phantasmagoria. Anthropology & Materialism [Online], vol. 1, 2013. Disponível em: <https://doi.org/10.4000/am.225>. Acesso em: 16/11/2020.

BOLZ, N. É preciso teologia para pensar o fim da História? Revista USP, set./out./nov. 15(3), 1992. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i15p24-37>. Acesso em: 22/11/2020.

GAGNEBIN, J. M. “Über den Begriff der Geschichte”, in: LINDNER, B (Hrsg.) Benjamin-Handbuch. Leben – Werk – Wirkung. Sttugart, Weimar: J.B. Metzler, 2011.

_____. “Prefácio – Walter Benjamin ou a história aberta”, in: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. 8ª ed. Revista. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet; revisão técnica de Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Brasiliense, 2012.

GATTI, L. Memória e distanciamento na teoria da experiência de Walter Benjamin. Dissertação (Mestrado), Universidade Estadual de Campinas, 2002.

_____. O ideal de Baudelaire por Walter Benjamin. Trans/Form/Ação (São Paulo), v. 31(1), 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-31732008000100007>. Acesso em: 22/11/2020.

HARTUNG, G. “Mythos”, in: OPITZ, M.; WIZISLA, E. (Hrsg.). Benjamins Begriffe. Bd 2. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2000.

LAMA, F. A. D. “A prosa liberta”: linguagem, messianismo e utopia em Walter Benjamin. Outramargem: revista de filosofia. Belo Horizonte, n. 9, 1o semestre 2019, pp. 49-60. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/outramargem/article/view/12584/11894>. Acesso em: 20/11/2020.
LINDROOS, K. Scattering community. Benjamin on experience, narrative and history. Philosophy & Social Criticism, vol. 27, n. 6, 2001. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/019145370102700602>. Acesso em: 20/11/2020.

LÖWY, M. Para uma sociologia dos intelectuais revolucionários: a evolução política de Lukács (1909-1929). Tradução de Heloísa Helena A. Mello e Agostinho Ferreira Martins. São Paulo: LECH, 1979.

LUKÁCS, G. A teoria do romance. Um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução de José Marco Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2009.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Tradução de Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2010.

MUSTO, M. Os Manuscritos econômico-filosóficos de 1844 de Karl Marx: dificuldades para publicação e interpretações críticas. Caderno CRH, vol. 32, n. 86, Salvador, Mai/Ago 2019, pp. 399-418. Disponível em: <https://doi.org/10.9771/ccrh.v32i86.25803>. Acesso em: 25/11/2020.

PINHO, A.; MACHADO, F. P. “Coligir, traduzir, editar W. Benjamin. Notas sobre uma coleção que inicia”, in: BENJAMIN, W. A arte de contar histórias. Organização e posfácio de Patrícia Lavelle; tradução de Georg Otte, Marcelo Backes e Patrícia Lavelle. São Paulo: Hedra, 2018.

Downloads

Publicado

2021-05-01

Como Citar

Lama, F. A. D. (2021). Tradição, memória e contar histórias: Walter Benjamin, da literatura à política. Revista Limiar, 7(14), 189–209. https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.12083