Os rastros contemporâneos das memórias que nos contam

entre a memória impedida e o esquecimento comandado de modo abusivo

Autores

  • Silvia Queiroz Unifeps

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.11293

Palavras-chave:

Paul Ricoeur, ditadura, memória, justiça, subjetividade.

Resumo

Com Paul Ricoeur pensamos a memória traumática e os efeitos dos rastros subjetivos que emergem no contemporâneo tendo em mente a ditadura militar brasileira e as políticas democráticas de memória. A reflexão parte da percepção de que o legado autoritário e suas atualizações fragilizam a democracia. Sem desconsiderarmos a prioridade das vítimas, dos familiares e dos sobreviventes e suas lutas por memória e justiça, pensamos a elaboração da memória impedida como reconhecimento e partilha de um passado comum cujos aspectos nefastos dos não ditos passam por manipulações de memória que fraturam a identidade do homem capaz. Refletimos ainda sobre os efeitos do esquecimento comandado de modo abusivo a partir da constatação da dissimetria entre os conceitos de anistia, justiça e perdão. No percurso destacamos o papel do testemunho e a função mediadora dos atos de justiça na idealização de uma memória constitutiva de outro mundo possível.

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Publicado

2021-04-28

Como Citar

Queiroz, S. (2021). Os rastros contemporâneos das memórias que nos contam: entre a memória impedida e o esquecimento comandado de modo abusivo. Revista Limiar, 7(14), 295–332. https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.11293