Tempo, consciência e sucessão

Autores

  • Jeison Andrés Suárez-Astaiza UFC, UFPR

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10721

Palavras-chave:

Tempo, sucessão, duração, presente vivido, impressão, retenção, antecipação

Resumo

Não é o tempo uma potência que arrasta tudo presente para as profundidades da consciência? Uma força que ao mesmo tempo que reúne o curso das vivências separa o ‘eu’ de suas experiências submergindo-as na in-distinção para, finalmente, sepultá-las nessa ‘obscuridade’ da consciência que é o esquecimento? Como é possível, então, a lembrança e a memória? A seguir, abordaremos a questão da possibilidade da lembrança [Erinnerung] e da memória desde a concepção husserliana do tempo como consciência da sucessão, retomando alguns pontos dos argumentos que expõe Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento. Finalizaremos mostrando que as análises de Husserl sobre o tempo e a consciência da sucessão, além de insuficientes, derivam no que denominamos como a ‘aporia do presente estratificado’. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BERNET. “Einleitung”. in, Husserl, Texte zur Phänomenologie des inneren Zeitbewusstseins (1893-1917), Hamburg: Meiner, 1985.
BORGES. “Funes el memorioso”. Ficciones, Alianza, Madrid, 2005.
BROUGH. “The emergence of an absolute consciousness in Husserl’s Early Writings on Time-Consciousness”. in F. Elliston y P. Mc Cormik (comp.), Husserl. Exposition and Appraisals, London: University of Notre Dame Press, 1977.
HUSSERL. Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo. Pedro Alves, Trad. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1994.
—— Analysen zur passiven synthesis. Aus Vorlesungs und Forschungsmanuskripten 1918-1926. Haag, Martinus Nijhoff, 1966 (Hua XI).
—— Vorlesungen zur Phänomenologie des inneren Zeitbewusstseins. Tübingen: Max Niemayer, 2000 (Hua X).
—— Die Bernauer Manuskripte über das Zeitbeβtsein (1917-1918), Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2001 (Hua XXXIII).
—— Späte Texte über Zeitkonstitution (1929-1934). Die C-Manuskripte. Dordrecht: Springer, 2006. Husserliana Materialien VIII. (Hua M VIII).
—— Die Lebenswelt. Auslegungen der vorgegebenen Welt und ihrer Kosntitution. Texte aus dem nachlass (1916-1937). Rochus Sowa (ed.). Dordrecht: Springer, 2008. (Hua XXXIX).
RICHIR. „Synthése passive et temporalisation/spatialisation”. In Husserl. Grenoble: Jérôme Millon, 2004, pp. 9-41.
RICOEUR. A memória, a história, o esquecimento. São Paulo: UNICAMP, 2010.
SAN AGUSTÍN. Sermones (3º) 117-183. In Obras Completas XXIII, trad. de. Amador del Fueyo y Pio de Luis. Madrid: Editorial Católica, 1983.
SUÁREZ. “Observaciones sobre la pre-donación del mundo de la vida y su constitución. Las síntesis perceptivas y su implicación con la teoría de todos y partes. In Anuario Colombiano de Fenomenología, Vol. VII. Pereira: UTP, 2013, pp. 237-251.
—— “La consciencia de sí como otro. Una interpretación temporal del Abklangsphänomene. La pesadilla de Iván Fiodorovich Karamázov”. In Medicina Narrativa, Vol. II, Cali: Pontificia Universidad Javeriana, 2016, pp. 101-110.
—— “Síntesis pasiva y presente viviente”. In Anuario Colombiano de Fenomenología, Vol. IX. Cali: Universidad del Valle, 2017, pp. 81-91.
TUGENDHAT. Selbstbewusstsein und Selbstbestimmung: Sprachanalytische Interpretationen. Berlin: Suhrkamp, 1997.
ZAHAVI. Self-awareness and Alterity. A phenomenological Investigation. Evanston: Northwestern University Press, 1999.

Downloads

Publicado

2021-04-28

Como Citar

Suárez-Astaiza, J. A. (2021). Tempo, consciência e sucessão. Revista Limiar, 7(14), 93–108. https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10721