Beethoven na filosofia da arte hegeliana

Autores

  • Reginaldo Rodrigues Raposo Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10668

Palavras-chave:

Hegel. Beethoven. Dahlhaus. Filosofia da música. Estética musical clássica e romântica.

Resumo

O artigo tece considerações sobre a relação filosófico-musical de Hegel com as transformações promovidas pela contribuição de Beethoven, através dos documentos históricos que compõem o que se toma pela Estética hegeliana. A partir das observações feitas pelo musicólogo alemão do século XX, Carl Dahlhaus, acerca desta mesma articulação, buscamos identificar e analisar a leitura que enxerga na crítica hegeliana à música de seu tempo sutilezas que apontam para além da percepção de uma mera “indisposição” de tendência classicista por parte do filósofo. Demonstramos ainda como essas observações conduzem a sentidos que, por sua vez, reafirmam o lugar específico da música enquanto arte particular e a característica de seu movimento no todo da Estética e da filosofia hegeliana.

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Publicado

2020-10-09

Como Citar

Rodrigues Raposo, R. (2020). Beethoven na filosofia da arte hegeliana. Revista Limiar, 7(13), 144–162. https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.10668