O que afirmavam não-cristãos acerca do nascimento e ressureição de Jesus de Nazaré na Antiguidade? Estudos a partir do "Discurso verdadeiro" de Celso (séc. II) VERDADEIRO DE CELSO (SÉC. III)
DOI:
https://doi.org/10.34024/herodoto.2023.v8.20013Palabras clave:
Orígines, Contra Celso, Discurso verdadeiro, Jesus de Nazaré, Nascimento divino, RessureiçãoResumen
As investigações sobre os cristianismos antigos, ainda que desde o séc. XIX tenham desfrutado de ampla diversificação de aportes teórico-metodológicos e vertentes interpretativas, têm se voltado, em grande medida, à constituição e consolidação de fórmulas de fé cristãs em diálogo com a cultura envolvente na Antiguidade. Muito se discute acerca dos componentes simbólicos que passaram a constituir as experiências religiosas cristãs e a gradativa adesão das elites romanas ao movimento cristão. Na contramão desta historiografia, procuramos compreender, a partir do posicionamento do filósofo neoplatônico Celso, o impacto que as narrativas cristãs produziram em grupos sociais não-cristãos letrados. Em outras palavras, ocupamo-nos da recepção dos discursos cristãos por leitores não-cristãos, como Celso. Nosso estudo, nesse sentido, está centrado na obra do cristão alexandrino Orígenes, Contra Celso (248/9), graças a qual temos acesso aos argumentos anticristãos de Celso. Assim, indagamos as possíveis intencionalidades e objetivos de Celso ao questionar os discursos cristãos sobre o nascimento divino e a ressurreição de Jesus.
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