Eudoro de Sousa a contrapelo
O pensamento autocrático na história doe Estudos Clássicos
DOI:
https://doi.org/10.34024/herodoto.2024.v9.20581Parole chiave:
Eudoro de Sousa, História dos Estudos Clássicos, História dos livros e das bibliotecas, MarginaliaAbstract
Sem perder de vista a obra publicada por Eudoro de Sousa (1911-1987) nos anos 1940, bem como alguns rastros de suas leituras marcadas na marginalia de seus livros particulares, recorrer-se-á às cartas trocadas por este intelectual com camaradas de sua geração para a tentativa de um mais amplo entendimento da conjuntura que o formou em Heidelberg, mas também do processo responsável por confirmá-lo dentro de um eixo de pensamento autocrático que iria desaguar em terras paulistas, nos braços do integralismo. Biografias como a de Eudoro de Sousa e sua geração contam a memória da criação da universidade no Brasil e na América Latina, mas certamente contribuem para que possamos vislumbrar mais nitidamente algumas das principais cenas de construção do próprio campo dos estudos clássicos e suas crises, críticas e lutas.
Metriche
Downloads
Riferimenti bibliografici
BORGES, Bruno. Eudoro de Sousa e sua biblioteca: dispersão e fragmentos de um pensamento. Mestrado, Instituto de Letras, Universidade de Brasília. 2015.
CÉSAR, Constança Marcondes César. O Grupo de São Paulo. Lisboa: INCM, 2000.
DOMINGUES, Joaquim. Eudoro de Sousa perante a filosofia portuguesa. In: Mito e Cultura: Vicente Ferreira da Silva e Eudoro de Sousa. Actas do V Colóquio Tobias Barreto, Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, Lisboa, 2001: 157-176.
FAYE, E. Heidegger: a introdução do nazismo da filosofia em torno dos seminários de 1933- 1935. Trad. Paulo Rouanet. São Paulo: É Realizações, 2015.
GONÇALVES, Rodrigo J. M. A Restauração conservadora da filosofia: O Instituto Brasileiro de Filosofia e a autocracia burguesa no Brasil (1949-1968). (Tese), História, Universidade Federal do Goiás. 2016.
JÖHSSON, G. O nazismo de Heidegger é indissociável de sua filosofia. Tradução de Laira Vieira. Jacobin, abril de 2023: disponível em: ttps://jacobin.com.br/2023/04/o-nazismo-de-martin-heidegger-e-indissociavel-de-sua-filosofia/. Acesso em 25 jun. 2024.
LUKÁCS, György. O jovem Hegel e os problemas da sociedade capitalista. Tradução de Nélio Schneider.1º ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
MODERNO, João Ricardo. Heidegger 1933. Os arquivos nazistas do Rektor-Führer da Filosofia. Sigila, nº 34, 2015/2, p. 141-151.
MOTA, Marcus. O Heráclito de Eudoro de Sousa. In: Eudoro de Sousa: Estudos de Cultura entre a Universidade de Brasília e a Universidade do Porto. Porto: Universidade do Porto, 2019.
NEVES, Luiz Felipe Baêta. As máscaras da totalidade totalitária: memória e produção sociais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
NINHOS, Cláudia. Para que Marte não afugente as Musas. Tese, Universidade Minho. 2016.
PITT, Rafael C. Elementos órficos na poesia de Empédocles. Tese, Universidade de Araraquara, São Paulo. 2022.
POZZO, R. O espírito contra a alma: o antissemitismo entre Klages e Heidegger. Cadernos Negros de Heidegger. Sesto San Giovanni: Mímesis, 2016, p. 171-181.
REAL, M. O Estatuto da Crítica Literária em Eudoro de Sousa. In: TEIXEIRA, A. B. EPIFÂNIO, R. (orgs.). A obra e o pensamento de Eudoro de Sousa. Sintra: Zéfiro, 2015.
Relatório da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade da Universidade de Brasília. Brasília: FAC-UnB, 2016.
RIBEIRO, Álvaro. Cartas para Delfim Santos: (1931-1956). Lisboa: Fundação Lusíada, 2001.
ROCHE, Helen; DEMETRIOU, Kyriakos (eds.). Brill’s Companion to the Classics, Fascist Italy and Nazi Germany. Leiden; Boston: Brill, 2008.
SANTOS. Delfim Santos e o Brasil. Lisboa: Arquivo Delfim Santos, 2011.
SILVA, Agostinho da; SIEWIERSKI, Henryk, (Coord.). Agostinho da Silva: universidade: testemunho e memória. Brasília, Universidade de Brasília, 2009.
SILVA, Rafael. O Evangelho de Homero: Por uma outra história dos Estudos Clássicos. Tese de doutorado, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2022.
SOUSA, Eudoro de. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1978.
SOUSA, Eudoro de. A origem da poesia e da mitologia e outros ensaios. Lisboa: INCM, 2000.
WILAMOWITZ-MOELLENDORFF, U. História da Filologia clássica. São Paulo: Mnema, 2023.
ZIZEK, S. Como Marx inventou o sintoma? In: ZIZEK, S. (org.). Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2025 Heródoto: Revista do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Antiguidade Clássica e suas Conexões Afro-asiáticas

Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob aLicença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).










