v. 2 n. 2 (2015): Documentos e instrumentos de pesquisa

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Neste segundo número a Revista de fontes faz jus à sua principal missão: a de publicar documentos históricos que sejam relevantes para o desvendamento dos mais variados temas, épocas e períodos. As possibilidades de se contar histórias a partir dos mesmos são exploradas pelos textos introdutórios dos autores que, sem intenção de serem profundas análises do seu conteúdo, mais apontam caminhos e perspectivas de investigação, bem como lançam luz à velhos e novos temas. Este é caso do chamado “Relatório Harrison” (1945), traduzido e apresentado por Luiz Salgado Neto, que, como uma preciosa fonte para se analisar a situação dos sobreviventes dos campos de concentração após o fim da Segunda Guerra Mundial, continua a informar questionamentos e perguntas ao passado. Da mesma forma, o texto das inquietações de Amador Patrício de Portugal, escrito após a Conjuração Mineira (1788-89) com o propósito de servir de alerta às autoridades metropolitanas acerca dos riscos existentes em outras capitanias do Brasil, como bem nos apresenta Miguel Dantas da Cruz.

Dar luz à fontes menos exploradas e conhecidas, é o que fazem de maneira instigante Jaime Rodrigues e Adriana Pereira Campos ao transcreverem as “Memórias do Rio Doce” como um plano de governo para a capitania do Espírito Santo em meio ao período reformista português. Da mesma forma, a publicação dos relatórios de visitas do bispado de Pernambuco (de 1680 a 1746, provenientes do Archivio Secreto Vaticano), que tinham como objetivo informar regularmente ao Papa sobre o estado temporal e espiritual das diversas paróquias de um bispado, aqui transcrito e apresentado por Patrícia Moreira Nogueira. Já o artigo de Maria Emília Vasconcelos dos Santos, na valorização de uma temática a partir de um conjunto de fontes documentais, apresenta-nos um instrumento de pesquisa para análise dos registros policiais existentes para municípios da Zona da Mata Sul de Pernambuco (entre os de 1884-1893), perscrutando a experiência dos trabalhadores dos engenhos no final do século XIX (1884-1893).

Que as fontes ora apresentadas sirvam de inspiração a muitos!

Publicado: 2015-01-23