Três poemas de Friedrich Schiller
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Resumo
Figura decisiva na história da literatura alemã, Johann Christoph Friedrich Schiller legou uma obra multifacetada como dramaturgo, contista, poeta, filósofo e investigador da natureza da obra de arte e dos sentimentos estéticos. Esta obra acompanha igualmente a transição que parte do movimento “Tempestade e Ímpeto” (Sturm und Drang), na década de 1770, rumo ao chamado classicismo de Weimar. Pertencem a este segundo período os três poemas que são apresentados aqui em uma nova tradução para o português: “A dança” (Der Tanz) e “A imagem sob o béu em Saïs” (Das verschleierte Bild zu Saïs), publicados em 1795, e “O mergulhador” (Der Taucher), em 1797. De forma explícita ou velada, questões filosóficas atravessam todos estes poemas. A existência e os riscos do conhecimento absoluto estão no cerne do poema sobre a imagem na cidade egípcia de Saïs. O poema precede o fragmento de Novalis “Os aprendizes em Saïs” (Die Lehrlinge zu Saïs) que seria redigido dois anos depois. A balada “O mergulhador” associa a força e a violência da natureza ao uso cruel e despótico do poder, enquanto “A dança” entrelaça os elementos ideais e sensíveis ao vincular a concepção do absoluto à mudança contínua e à negação da estabilidade. A forma singular e surpreendente de sua expressão guarda uma relação direta com as ambições e os propósitos estéticos do poeta.
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