O Exílio Republicano Espanhol de 1939 em perspectiva na correspondência em verso de Rafael Alberti e José Bergamín

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Mayra Carvalho

Resumo

O exílio republicano espanhol de 1939 implicou o deslocamento forçado de cerca de 500 mil pessoas da Espanha no imediato pós-Guerra Civil Espanhola. Rafael Alberti (1902-1999) e José Bergamín (1895-1983) foram dois dos protagonistas-testemunhas desse processo que se estendeu, para muitos dos artistas, poetas e escritores como eles, por mais de trinta anos. Depois de terem estado lado a lado durante o conflito espanhol, à frente da Alianza de Intelectuales Antifascistas, Alberti e Bergamín precisaram partir para o exílio na América, onde tiveram atuação intensa nos âmbitos cultural e editorial na Argentina e no México, principalmente. Desde seu primeiro encontro, ainda nos anos 1920, os dois sempre mantiveram contato, mas, em 1971, retomariam um diálogo regular que se tornaria a série de cartas-poemas intituladas De X a X, remetidas enquanto Alberti vivia em Roma, e Bergamín, em Madrid. O presente estudo vale-se da leitura de alguns fragmentos dessas cartas-poemas a fim de confrontar a apropriação poética do desterro de cada correspondente, na medida em que essas composições permitem que os poetas cultivem o diálogo polêmico e exigem um exame de si e do outro, passando em revista suas trajetórias lírico-políticas vividas no exílio e lavradas pela palavra poética.

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Seção

Crítica da Contemporaneidade

Biografia do Autor

Mayra Carvalho, Universidade do Estado de Minas Gerais

Doutora em Letras (FFLCH-USP – 2019). Docente da Universidade do Estado de Minas Gerais.

Como Citar

O Exílio Republicano Espanhol de 1939 em perspectiva na correspondência em verso de Rafael Alberti e José Bergamín. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 97–111, 2024. DOI: 10.34024/exilium.v5i9.19174. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/19174. Acesso em: 5 dez. 2025.