Experiências limiares em L'Analphabète, de Agota Kristof
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Na autobiografia L’Analphabète, Agota Kristof revisita alguns períodos na sua vida, marcados por uma experiência de escrita das mais surpreendentes: a autora, de origem húngara, abandonou o idioma materno para escrever em francês, língua da região onde se exiliou, na Suíça. À parte esta diáspora linguística, a autora retratou nesse curto texto as fases mais fundamentais de um percurso artístico marcado pelo princípio da negação: ela é a estrangeira, a exilada, a escritora tornada, de repente, analfabeta, buscando, através da aprendizagem da uma língua, com qual nunca travou contato, a recuperação da sua escrita e da sua própria identidade cindida. Esses períodos, analisados à luz do conceito de limiar, de Walter Benjamin, conforme o explicam Jeanne-Marie Gagnebin e João Barrento, e tendo como fio condutor a sua relação com a leitura e com a escrita, podem oferecer-nos uma leitura vigorosa da obra, no sentido de recuperar a importância dos ritos de passagem num contexto de guerra, exílio e exclusão social.
Detalhes do artigo
Seção

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação, sob a licença Creative Commons-NonCommercial-NoDerivs Attribution 2.0 Generic.
Os autores se responsabilizam pelo teor do texto, considerando que a revista adota ferramentas de verificação anti-plágio e segue as diretrizes éticas do Committee on Publication Ethics (COPE), do Code of Ethics American Educational Research Association (AERA), do Código de Boas Práticas Científicas – FAPESP e do Council of Science Editors (CSE) em relação a publicação.
Em caso de artigo traduzido ou em outros idiomas, entrar em contato com os editores responsáveis para evitar conflitos de política de direitos autorais relativa à publicação do material.