“Tudo aqui é um exílio”: violência colonial, desterros, testemunhos e sobrevivências

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Fabiana Alves Jardim

Resumo

O artigo busca pensar com a literatura afro-americana, notadamente brasileira e estadunidense, analisando como mobilizam eventos críticos como o desterro de África, a travessia atlântica e a escravidão nas Américas, em um gesto que se endereça tanto ao presente – a partir da nomeação de como o dispositivo racial produz a experiência negra como impossibilidade de sentir-se em casa (nas relações cotidianas e na experiência de cidadania) –, como ao passado e ao futuro, ao afirmar as vidas perdidas em tais catástrofes como passíveis de luto, uma estratégia de cuidado fundamental que, a despeito de seus limites, pode ser entendida como reinscrição dos mortos e de si em uma teia de relações vivas; trata-se de gesto que assume distintas formas, dentre elas o uso da palavra e a habitação das línguas (ainda que a dos colonizadores).

Detalhes do artigo

Seção

Dossiê

Biografia do Autor

Fabiana Alves Jardim, Universidade de São Paulo

Professora da Faculdade de Educação (USP), Graduada em Ciências Sociais (Universidade de São Paulo – USP), mestre e doutora em Sociologia (Programa de Pós-Graduação em Sociologia/FFLCH-USP).

Como Citar

“Tudo aqui é um exílio”: violência colonial, desterros, testemunhos e sobrevivências. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 79–107, 2022. DOI: 10.34024/exilium.v3i4.13254. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/13254. Acesso em: 5 dez. 2025.