Libertações na poesia da palestina Fadwa Tuqan

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Maria Carolina Gonçalves
Michel Sleiman

Resumo

Este artigo apresenta a poeta palestina Fadwa Tuqan (1917-2003), sua hesitação em se lançar na literatura enquanto mulher criada em uma sociedade conservadora, seus primeiros passos na escrita literária e, posteriormente, a transformação de sua poesia. Proibida pela família de frequentar a escola e de sair de casa, relata, em sua autobiografia, que encontrou libertação a tal cerceamento no estudo e na escrita da poesia. Quando começou a interagir com outras poéticas, sobretudo a obra da iraquiana Názik Almalaika, que propunha uma reflexão sobre novas formas que rompessem com o modelo tradicional da literatura árabe, encontrou uma forma literária encorajadora para escrever sua própria poesia. Somam-se a essas mudanças as transformações temáticas, motivadas pelos acontecimentos que mudaram os rumos da história palestina, notadamente a criação do Estado de Israel, em 1948, e a Guerra de 1967. O artigo mostra que a inovação literária foi libertadora e abriu caminho para que as mulheres se inserissem na literatura, afastando-se das formas do discurso tradicional valorizadas na história da literatura árabe até inícios do século XX.

Detalhes do artigo

Seção

Crítica da Contemporaneidade

Biografia do Autor

Maria Carolina Gonçalves, USP

Mestranda pelo Programa Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). e-mail: maria2.goncalves@usp.br.

Michel Sleiman, Universidade de São Paulo

Professor doutor no Departamento de Letras Orientais (DLO) e  no Programa Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Email: msleiman@usp.br.

Como Citar

Libertações na poesia da palestina Fadwa Tuqan. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 159–180, 2021. DOI: 10.34024/exilium.v2i1.11699. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/11699. Acesso em: 20 maio. 2025.