Nietzsche e a modernidade:

ponto de virada

Autores

  • Vânia Dutra de Azeredo Professora do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da PUC-Campinas

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2010.n27.7777

Palavras-chave:

filosofia, modernidade, interpretação, linguagem

Resumo

Este artigo procura mostrar que Nietzsche ultrapassa os pressupostos filosóficos da modernidade a partir, notadamente, da noção de vontade de potência como interpretação, do conferir a toda afirmação o estatuto de interpretação e da busca de uma nova linguagem para expressar seu pensamento. Recusamos, por isso, a afirmação de Habermas, em seu Discurso filosófico da modernidade, de que a Filosofia de Nietzsche estaria circunscrito à modernidade ao permanecer subsidiada por uma consciência temporal e pelo apelo à racionalidade. Em nossa avaliação, Nietzsche, efetivamente, não recorre aos pressupostos modernos.

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Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais