Avaliação da Percepção Corporal em Pacientes Pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Autores

  • Ana Paula Chaves Dalpian Fisioterapeuta, Centro Universitário Univates, Lajeado-RS, Brasil
  • Magali Teresinha Quevedo Grave Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde PUCRS. Professora dos Cursos de Fisioterapia e Educação Física do Centro Universitário Univates, Lajeado-RS, Brasil.
  • Eduardo Périco Biólogo, Doutor em Ecologia pela Universidade de São Paulo (USP), Programa de pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento, Centro Universitário Univates, Lajeado-RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8162

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Hemiplegia, Postura

Resumo

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição patológica que tem como principal consequência a hemiplegia, anormalidade carac­terizada pela paralisia e/ou paresia do lado contralateral à lesão ence­fálica. A hemiplegia afeta a percepção corporal e o alinhamento, alte­rando toda a cadeia muscular e postura corporal contra a gravidade. Na síndrome de Pusher (SP), um conjunto de características leva o paciente a realizar uma forte inclinação do corpo em direção ao lado plégico. O objetivo da pesquisa, caracterizada como exploratória, des­critiva, de caráter quantitativo, foi avaliar o grau de comprometimen­to da percepção corporal em pacientes pós-AVC, atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia da Univates/Lajeado/RS, durante o semestre B de 2012, cujo instrumento de coleta de dados foi a Clinical Scale for Contraversive Pushing (CSCP), protocolo disposto de três etapas: em sedestação, ortostase e durante movimento ativo do membro supe­rior (MS) não afetado. Dos treze pacientes avaliados (8 homens e 5 mulheres), os resultados apontam que cinco apresentam alteração da percepção corporal. Sete tem a metade corporal esquerda comprome­tida e em oito o AVC foi isquêmico. Conclusão. a SP é um distúrbio presente nestes sujeitos, a CSPS é um protocolo de fácil aplicação, que favorece a identificação e gravidade desta alteração.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Cappelari MM, Grave MTQ. Avaliação do comprometimento sensório- -motor de pacientes com diagnóstico de acidente vascular encefálico (AVE) atendidos na clínica-escola de Fisioterapia da Univates. Rev. Destaques Acadêmicos 2012;4:61-72.

O’Sullivan SB. Acidente Vascular Encefálico. In: O’Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 2nd ed. Barueri: Manole; 2004, p.519-64.

Correia ACS, Silva JDS, Silva LVC, Oliveira DA, Cabral ED. Crioterapia e cinesioterapia no membro superior espástico no acidente vascular cerebral. Fisio Mov 2010; 23:555-63.

Brito ES, Rabinovich EP. Desarrumou tudo! O impacto do acidente vascular encefálico na família. Sau e Soc 2008;17:153-69. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000200015

Felice TD, Santana LR. Recursos fisioterapêuticos (crioterapia e termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Rev Neurocienc 2009;17:57-62.

Davies PM. Steps to follow: a guide to the treatment of adult hemiplegia. New York: Springer 1985. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-642-96833-4

Silveira LCL. Os Sentidos e a Percepção. In: Lent R. Neurociência da mente e do Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p. 134-81.

Karnath HO, Broetz D. Understanding and Treating “Pusher Syndrome”. Physical Therapy 2003;12:1119-25.

Baccini M, Paci M, Nannetti L, Biricolti C, Rinaldi LA. Scale for Contraversive Pushing: Cutoff Scores for Diagnosing “Pusher Behavior” and Construct Validity. Physical Therapy 2008;88:947-55. http://dx.doi.org/10.2522/ptj.20070179

Johannsen L, Broetz D, Naegele T, Karnath HO. “Pusher syndrome” following cortical lesions that spare the thalamus. J Neurol 2006;253:455-63. http://dx.doi.org/10.1007/s00415-005-0025-7

Voo MC, Oliveira TP, Piemonte MEP. Diretrizes para avaliação e tratamento fisioterapêutico da Síndrome de Pusher: estudo de caso. Fisioter Pesq 2011;18:323-28.

Góis CMS, Araújo MCNV, Silva KC, Araújo ATC. Avaliação do Conhecimento dos Fisioterapeutas Neurofuncionais acerca da Síndrome de Pusher. RevNeurocienc 2011;19:595-601.

Meneghetti CHZ, Basqueira C, Fioramonte C, Ferracini JLC. Influência da fisioterapia aquática no controle de tronco na síndrome de Pusher: estudo de caso. Fisioter. Pesqui. [online] 2009;16:269-73.

Santos-Pontelli TEG, Pontes-Neto OM, Colafêmina JF, Araújo DB, Santos AC, Leite JP. Controle postural na síndrome de Pusher: influência dos canais semicirculares laterais. Rev Bras Otorrinolaringol 2005;71:448-52. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992005000400008

Palmini S, Costa J, Grave M. Síndrome de Pusher em pacientes com AVC e sua associação com gravidade clínica e dependência funcional. Rev Neurocienc 2013;21:69-76. http://dx.doi.org/10.4181/RNC.2013.21.789.8p

Santos-Ponteli TEG, Leite JP, Pontes-Neto OM. Avaliação e análise da frequência da Síndrome de Pusher (Síndrome do Empurrador) em pacientes com AVC. Rev Neurocienc 2013;21:12-3. http://dx.doi.org/10.4181/RNC.2013.21.789ed.2p

Pereira LC, Botelho AC, Martins EF. Correlação entre simetria corporal na descarga de peso e alcance funcional em hemiparéticos crônicos. Rev Bras Fisiot 2012;10:218-225.

Trindade APNT, Barboza MA, Oliveira FB, Borges APO. Influência da simetria e transferência de peso nos aspectos motores após Acidente Vascular Cerebral. Rev Neurocienc 2011;19:61-7.

Lavor IG, Agra G, Nepomuceno CM. Perfil dos casos de Acidente Vascular Cerebral registrados em uma instituição pública em Campina Grande-PB. Campina Grande 2011;12:s/p.

Mazzola D, Polese JC, Schuster RC, Oliveira SG. Perfil dos pacientes acometidos por Acidente Vascular Encefálico assistidos na Clínica de Fisioterapia Neurológica da Universidade de Passo Fundo. RBPS 2007;20:22-7. http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2007.p22

Van Peppen RPS, Kortsmit M, Lindeman E, Kwakkel G. Effects of visual feedback therapy on postural control in bilateral standing after stroke: a systematic review. J Rehabil Med 2006;38:3-9. http://dx.doi.org/10.1080/16501970500344902

Teixeira-Salmela LF, Lima RCM, Lima LAO, Morais SG, Goulart F. Assimetria e desempenho funcional em hemiplégicos crônicos antes e após programa de treinamento em academia. Rev Bras Fisioter 2005;9:227-33.

Genthon N, Rougier P, Gissot AS, Froger J, Pélissier J, Pérennou D. Contribution of each lower limb to upright standing in stroke patients. Stroke 2008;39:1793-9. http://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.107.497701

Davies PM. Steps to folow: a guide to the treatment of adult hemiplegia. New York: Springer; 1985,300p.

de Haart M, Geurts AC, Huidekoper SC, Fasotti L, van Limbeek J. Recovery of standing balance in postacute stroke patients: a rehabilitation cohort study. Arch Phys Med Rehabil 2004;85:886-95. http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2003.05.012

Downloads

Publicado

2013-09-30

Como Citar

Dalpian, A. P. C., Grave, M. T. Q., & Périco, E. (2013). Avaliação da Percepção Corporal em Pacientes Pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC). Revista Neurociências, 21(3), 377–382. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8162

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2013-09-30