Caracterização clínica e motora-funcional de idosos hospitalizados pós-Acidente Vascular Cerebral

Autores

  • Maria Clarice Lopes da Silva Fisioterapeuta, Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte- MG, Brasil.
  • Janaíne Cunha Polese Fisioterapeuta, Doutoranda em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte-MG, Brasil. Ph.D Candidate in Health Sciences, Universityof Sydney, Sydney, New South Wales, Australia.
  • Juliana Maria Pimenta Starling Fisioterapeuta, Mestranda em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte-MG, Brasil.
  • Leani Souza Máximo Pereira Fisioterapeuta, Doutora, Professora Adjunta do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8069

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Fisioterapia, Idosos, Hospitalização

Resumo

Objetivo. Caracterizar uma amostra de idosos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo internados em uma unidade de AVC de um hospital universitário quanto a variáveis clínicas e motora-funcionais, bem como verificar possíveis ganhos motores durante o período de internação. Método. Estudo observacional retrospectivo com cole­ta de dados a partir de fichas de avaliação padronizadas do setor de fisioterapia. Foram coletados o sexo e idade dos pacientes, além de variáveis clínicas e motora-funcionais. Estatísticas descritivas para ca­racterização da amostra foram realizadas. Resultados. De um total de 349 idosos que passaram pela unidade entre maio de 2012 a agosto de 2013, 52% eram homens, a média de idade foi de 73±8,1 anos, sendo que 85% sofreram AVC isquêmico. Os pacientes receberam uma média de 8±9,6 sessões de fisioterapia e foi observado aumento percentual nas variáveis motora- funcionais: controle de tronco sem apoio, equilíbrio estático bom e deambulação sem apoio no momen­to da avaliação fisioterápica final em comparação à avaliação inicial (aumentos em 13%, 12% e 13%, respectivamente). Conclusões. A identificação clínica e motora-funcional de indivíduos idosos em uma unidade de AVC pode possibilitar o planejamento e implantação de estratégias de reabilitação eficazes tanto na internação quanto após a alta hospitalar.

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Publicado

2014-09-30

Como Citar

Silva, M. C. L. da, Polese, J. C., Starling, J. M. P., & Pereira, L. S. M. (2014). Caracterização clínica e motora-funcional de idosos hospitalizados pós-Acidente Vascular Cerebral. Revista Neurociências, 22(3), 337–343. https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8069

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-18
Publicado: 2014-09-30

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