Síndrome de Guillain-Barré pós-infecção por Dengue

Relato de Caso

Autores

  • Marco Orsini Graduando em Medicina, Doutorando em Neurologia/Neurociências na Universidade Federal Fluminense – UFF, Professor Titular do Programa de Iniciação Científica da Escola Superior de Ensino Helena Antipoff (ESEHA), Niterói, RJ, Brasil
  • Marcos RG de Freitas Neurologista, Doutor, Professor Titular e Chefe do Serviço de Neurologia na UFF, Niterói, RJ, Brasil
  • Osvaldo JM Nascimento Neurologista, Doutor, Professor Titular e Coordenador da PósGraduação em Neurologia|Neurociências na UFF, Niterói, RJ, Brasil
  • Antônio Marcos da Silva Catharino Neurologista, Doutorando em Neurologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Professor de Neurologia na Universidade Iguaçu (UNIG), Nova Iguaçu, RJ, Brasil.
  • Mariana Pimentel Mello Fisioterapeuta, Programa de Iniciação Científica do Serviço de Neurologia – UFF, Niterói, RJ, Brasil.
  • Carlos Henrique Melo Reis Neurologista, Professor Titular de Neurologia da Faculdade de Medicina de Valença, Valença, RJ, Brasil.
  • Raimundo Wilson de Carvalho Médico Veterinário, Pós-Doutor, Professor do Programa de Iniciação Científica da UNIG, Professor do Mestrado Profissional de Ensino de Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Bolsista CNPq, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8514

Palavras-chave:

Síndrome de Guillain-Barré, Dengue, Polineuropatias

Resumo

Dengue é a infecção arboviral humana mais frequente, com aproximadamente 80 milhões de casos registrados por ano e 2,5 a 3 bilhões de indivíduos sob risco de acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde. Seu sintoma depende da forma clínica, podendo variar de cefaléia a ampla gama de manifestações neurológicas. Este manuscrito relata o caso de uma mulher, 47 anos que desenvolveu subitamente dores de cabeça lancinantes, febre, mialgia e paresia, recebendo posteriormente o diagnóstico de dengue. Após sete dias de internação e já em ambiente domiciliar, novo quadro clínico surgiu caracterizado por disfagia, disfonia, paresia, paralisia facial periférica e parestesias. O diagnóstico do dengue e da Síndrome de GuillainBarré foi baseado nos achados clínicos, no exame do liquido cefalorraquiano, achados eletrofisiológicos e nos títulos específicos de IgM para o dengue.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Fonseca BA, Fonseca SN. Dengue virus infections. Curr Opin Pediatr 2002;14(1):67-71.

Figueiredo LTM, Fonseca BAL. Dengue. In: Veronesi R, Focaccia R. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu, 1996, 203-12.

Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio De Janeiro. Informe Técnico do Dengue. Rio de Janeiro: CREMERJ, 2002, 15-29.

Ferreira MLB, Cavalcanti CG, Coelho CA, Mesquita SD. Manifestações Neurológicas de Dengue: Estudo de 41 casos. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):488-93.

Santos NQ, Azoubel ACB, Lopes AA, Costa G, Bacellar A. GuillainBarré Syndrome in the course of dengue: Case Report. Arq Neuropsiquiatr 2004;62(1):144-6.

Esack A, Teelucksingh S, Singh N. The Guillain-Barré syndrome following dengue fever. West Indian Med J 1999; 48(1):36-7.

Medical Research Council. Aids to the investigation of peripheral nerve injuries. War Memorandum. 2nd ed. London: HMSO, 1943, 1-2.

Rush B. An account of the bilous remitting fever, as it appeared in Philadelphia in the summer and autumn of the year 1780. In: Rush B (ed.). Medical Inquiries and Observations. Philadelphia: Pritchard and Hall, 1989, 104.

Pinheiro FP, Corber SJ. Global situation of dengue and dengue haemorrhagic fever and its emergence in the Americas. World Health Stat Q 1997;50:161-8.

World Health Organization. Prevention and control of dengue and dengue haemorrhagic fever: comprehensive guidelines. No 29. New Delhi: WHO Regional publication, SEARO, 1999, 145p.

Pesaro AE, D’Amico E, Aranha LFC. Dengue: Manifestações cardíacas e implicações na terapêutica antitrombótica. Arq Bras Cardiol 2007;89(2):e12-5.

Nogueira RMR, Miagostovich MP, Filippis AMB, Pereira MAS, Schatzmayr HG. Dengue Virus Type 3 in Rio de Janeiro, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2001;96(7):925-6.

Combate a dengue (endereço na internt). Brasil: Ministério da Saúde (acessado em março/2008). Disponível em: http://portal.saude.gov.br.

Tsai TF, Vaughn DW, Solomon T. Flaviviruses. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R (eds.). Principles and practice of infectious diseases. 6th ed. Philadelphia: Elsevier, 2005, 4000.

Cunha-Matta AP, Soares-Moreno SA, Almeida AC, Freitas VA, CarodArtal FJ. Complicaciones neurológicas de la infección por el virus del dengue. Rev Neurol 2004;39(3):233-7.

Lum LCS, Lam SK, Choy YS, George R, Harun E. Dengue encephalitis: a true entity? Am J Trop Med Hyg 1996; 54:256-9.

Patey O, Ollivaud L, Breuil J, Lafaix C. Unusual neurologic manifestations occurring during dengue fever infection. Am J TropMed Hyg 1993;48:793-802.

Gubler DJ, Kuno G, Waterman SH. Neurologic disorders associated with Dengue infection. In: Annals of the International Conference on Dengue/Dengue haemorrhagic fever. Kuala Lumpur, Malaysia, 1983, p. 290-306.

Seneviratne U. Guillain-Barré syndrome. Postgrad Med J 2000;76:774-82.

Ropper AH. Current concepts: the Guillain-Barré Syndrome. New Engl J Med 1992;326:1130-6.

Hughes RA, Hadden RD, Gregson NA, Smith KJ. Pathogenesis of Guillain-Barré syndrome. J Neuroimmunol 1999;100:74-97.

Braga EL, Moura P, Pinto LM, Ignacio SR, Oliveira MJ, Cordeiro MT, et al. Detection of circulant tumor necrosis factor-alpha, soluble tumor necrosis factor p75 and interferon-gamma in Brazilian patients with dengue fever and dengue hemorrhagic fever. Mem Inst Oswaldo Cruz 2001;96:229-32.

Dale RC, De Souza C, Chong WK, Cox TC, Harding B, Neville BG. Acute disseminated encephalomyelitis, multiphasic disseminated encephalomyelitis and multiple sclerosis in children. Brain 2000;123:2407-22.

Sulekha C, Kumar S, Philip J. Guillain-Barre Syndrome following Dengue Fever: Report of 3 Cases. Ind Ped 2004;41:948-50.

Downloads

Publicado

2010-03-31

Como Citar

Orsini, M., Freitas, M. R. de, Nascimento, O. J., Catharino, A. M. da S., Mello, M. P., Reis, C. H. M., & Carvalho, R. W. de. (2010). Síndrome de Guillain-Barré pós-infecção por Dengue: Relato de Caso. Revista Neurociências, 18(1), 24–27. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8514

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-16
Publicado: 2010-03-31

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 > >>