Atendimento Fisioterapêutico para Indivíduos com Ataxia Espinocerebelar

Uma Revisão da Literatura

Autores

  • Nathalie Ribeiro Artigas Fisioterapeuta, Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Juliana Silveira Ayres Fisioterapeuta, Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Jonata Noll Fisioterapeuta, Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Simone Rizzo Nique Peralles Fisioterapeuta, Mestre em Ciências Médicas: Pediatria (UFRGS), Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Marcelo Krás Borges Fisioterapeuta, Mestre em Ciências do Movimento Humano (UFRGS), Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.
  • Carla Itatiana Bastos de Brito Fisioterapeuta, Mestre em Educação (PUCRS), Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre-RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8212

Palavras-chave:

Ataxiav, Fisioterapia, Reabilitação, Exercício

Resumo

A ataxia espinocerebelar (AEC) é uma patologia caracterizada pelo déficit na execução de movimentos coordenados com progressiva os­cilação postural associada à dificuldade de manutenção do equilíbrio e diversas outras alterações motoras. A marcha pode ficar atáxica, com ampliação da base de sustentação, instabilidade, passos irregulares e mais lentos, lateropulsão e tremor na amplitude de movimento, sen­do o tratamento fisioterapêutico uma importante alternativa para a melhora das disfunções decorrentes desta patologia. Objetivo. Reali­zar, com base na literatura científica, uma revisão sobre as estratégias fisioterapêuticas no tratamento da ataxia espinocerebelar. Método. Pesquisaram-se as bases de dados Medline e SciELO de 2001 a 2011, considerando os unitermos: ataxia espinocerebelar, Fisioterapia, tra­tamento, reabilitação e seus correlatos em inglês. Resultados. Foram encontrados 33 estudos que tivessem como tema principal a ataxia, sendo excluídos 20 artigos, pois estes não relatavam a abordagem fi­sioterapêutica para este tipo de patologia. Após análise, 13 referências foram utilizadas. Conclusões. Após a realização deste estudo, destaca­-se a importância da Fisioterapia no tratamento dos portadores de AEC, em função dos benefícios promovidos, visto que nos estudos encontrados os indivíduos apresentaram melhora dos sintomas decor­rentes desta patologia. Limitações metodológicas observadas sugerem a necessidade de maior rigor em futuras pesquisas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Middleton FA, Strick PL. Basal ganglia and cerebellar loops: motor and cognitive circuits. Brain Research Reviews 2000;31:236-250. http://dx.doi.org/10.1016/S0165-0173(99)00040-5

Voogd J, Glickstein M. The anatomy of the cerebellum. Trends Neurosci 1998;21:370-375. http://dx.doi.org/10.1016/S0166-2236(98)01318-6

D’Angelo E, Mazzarello P, Prestori F, Mapelli J, Solinas S, Lombardo P, et al. The cerebellar network: From structure to function and dynamics. Brain Research Reviews 2011;66:5-15. http://dx.doi.org/10.1016/j.brainresrev.2010.10.002

Leonardi MM, Lopes GJ, Bezerra PP, Borges APO. Impacto do desequilíbrio estático e dinâmico no risco de quedas em indivíduos com ataxia espinocerebelar. Rev Neurocienc 2009;17(2):178-82.

Morton SM, Bastian AJ. Relative Contributions of Balance and Voluntary Leg-Coordination Deficits to Cerebellar Gait Ataxia. J Neurophysiol 2003;89:1844-56. http://dx.doi.org/10.1152/jn.00787.2002

Bettencourt C, Lima M. Machado-Joseph Disease: from first descriptions to new perspectives. Orphan J Rare Dis 2011;6:35. http://dx.doi.org/10.1186/1750-1172-6-35

Shakkottai VG, Paulson HL. Physiologic Alterations in Ataxia - Channeling Changes Into Novel Therapies. Arch Neurol 2009;66(10):1196-201. http://dx.doi.org/10.1001/archneurol.2009.212

Van de Warrenburg BP, Sinke RJ, Verschuuren-Bemelmans CC, Scheffer H, Brunt ER, Ippel PF, et al. Spinocerebellar ataxias in the Netherlands: prevalence and age at onset variance analysis. Neurology 2002; 58(5):702-8. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.58.5.702

Oliveira APR, Freitas AM. Efeitos da intervenção fisioterapêutica nas habilidades funcionais e no equilíbrio de uma paciente com ataxia espinocerebelar: estudo de caso. Fisioter Pesqui 2006;13(3):53-9. 10.Van de Warrenburg BPC, Steijns JAG, Munneke M, Kremer BPH, Bloem BR. Falls in Degenerative Cerebellar Ataxias. Movement Disorders 2005;20(4):497-508. http://dx.doi.org/10.1002/mds.20375

Ilg W, Synofzik M, Brötz D, Burkard S, Giese MA, Schöls L. Intensive coordinative training improves motor performance in degenerative cerebellar disease. Neurology 2009;73:18. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0b013e3181c33adf

Morton SM, Bastian AJ. Mechanisms of cerebellar gait ataxia. The Cerebellum 2007;6:79-86. http://dx.doi.org/10.1080/14734220601187741

Rüb U, Seidel K, Özerden I, Gierga K, Brunt ER, Schöls L, et al. Consistent affection of the central somatosensory system in spinocerebellar ataxia type 2 and type 3 and its significance for clinical symptoms and rehabilitative therapy. Brain Res Rev 2007;53:235-49. http://dx.doi.org/10.1016/j.brainresrev.2006.08.003

Ilg W, Brötz D, Burkard S, Giese MA, Schöls L, Synofzik M. Long-Term Effects of Coordinative Training in Degenerative Cerebellar Disease. Mov Disord 2010;25(13):2239-46. http://dx.doi.org/10.1002/mds.23222

Araújo MJL, Cardoso PL, Silva LC, Oliveira DA. A Atuação da Fisioterapia Neurofuncional na Doença de José-Machado: Relato de Caso. Neurobiologia 2010;73(1):75-83.

Pérez-Ávila I, Fernández-Vieitez JA, Martínez-Góngora E, Ochoa-Mastrapa R, Velázquez-Manresa MG. Efectos de un programa de ejercicios físicos sobre variables neurológicas cuantitativas en pacientes con ataxia espinocerebelosa tipo 2 en estadio leve. Rev Neurol 2004;39(10):907-10.

Morton SM, Bastian AJ. Can rehabilitation help ataxia? Neurology 2009;73:1818-19. http://dx.doi.org/10.1212/WNL.0b013e3181c33b21

D’Abreu A, Jr MCF, Paulson HL, Lopes-Cendes I. Caring for Machado– Joseph disease: Current understanding and how to help patients. Parkinsonism Relat Disord 2010;16:2-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.parkreldis.2009.08.012

Trujillo-Martín MM, Serrano-Aguilar P, Monton-Álvarez F, Carrillo-Fumero R. Effectiveness and Safety of Treatments for Degenerative Ataxias: A Systematic Review. Mov Disord 2009;24(8):1111-24. http://dx.doi.org/10.1002/mds.22564

Revuelta GJ, Wilmot GR. Therapeutic Interventions in the Primary Hereditary Ataxias. Cur Treat Options Neurol 2010;12:257-73. http://dx.doi.org/10.1007/s11940-010-0075-8

Cernak K, Stevens V, Price R, Shumway-Cook A. Locomotor Training Using Body-Weight Support on a Treadmill in Conjunction With Ongoing Physical Therapy in a Child With Severe Cerebellar Ataxia. Phys Ther 2008; 88(1):88-97. http://dx.doi.org/10.2522/ptj.20070134

Galvão A, Sutani J, Pires MA, Prada SHF, Cordeiro TL. Estudo de Caso: A Equoterapia no Tratamento de um Paciente Adulto Portador de Ataxia Cerebelar. Rev Neurocienc 2010;18(3):353-8.

Oliveira ACAM, Viana ACB, Labronici RHDD. Utilização de Pistas Proprioceptivas e Movimentos Oculares na Doença de Machado Joseph: Estudo de Caso. Rev Neurocienc 2012;20:73-78.

Miyai I, Ito M, Hattori N, Mihara M, Hatakenaka M, Yagura H, et al. Cerebellar Ataxia Rehabilitation Trial in Degenerative Cerebellar Diseases. Neurorehabil Neural Repair 2011;20(10):1-8.

Dias ML, Toti F, Almeida SRM, Oberg TD. Efeito do peso para membros inferiores no equilíbrio estático e dinâmico nos portadores de ataxia. Acta Fisiatr 2009;16(3):116-20.

Carvalho EJ, Costa VBB, Oliveira APR. Classificação das ataxias cerebelares hereditárias e suas repercussões no controle motor. Investigação - Revista Científica da Universidade de Franca. 2003/2005;5(1/6):195-200.

Filippin LI, Wagner MB. Fisioterapia baseada em evidência: uma nova perspectiva. Rev Bras Fisioter 2008; 12(5):432-3. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000500014

Marques AP, Peccin MS. Pesquisa em fisioterapia: a prática baseada em evidências e modelos de estudos. Fisioter Pesqui 2005;11(1):43-8.

Delboni MCC, Santos MC, Asola G. Terapia ocupacional na ataxia cerebelar e o recurso da tecnologia assistiva: um estudo de caso. O mundo da saúde de São Paulo. 2006;30(1):175-8.

Braga-Neto P, Godeiro-Junior C, Dutra LA, Pedroso JL, Barsottini OGP. Translation and validation into Brazilian version of the Scale of the Assessment and Rating of Ataxia (SARA). Arq Neuropsiquiatr 2010;68(2):228-30. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2010000200014

Yabe I, Matsushima M, Soma H, Basri R, Sasaki H. Usefulness of the Scale for Assessment and Rating of Ataxia (SARA). J Neurol Sci 2008;266:164-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jns.2007.09.021

Keith RA, Granger CV, Hamilton BB, Sherwin FS. The Functional Independence Measure: a new tool for rehabilitation. In: Eisenberg MG, Grzesiak RC. Adv Clin Rehab 1987;2:6-18.

Riberto M, Miyazaki MH, Filho DJ, Sakamoto H, Battistella LR. Reprodutibilidade da versão brasileira da Medida de Independência Funcional. Acta Fisiatr 2001;8(1):45-52.

Downloads

Publicado

2013-03-31

Como Citar

Artigas, N. R., Ayres, J. S., Noll, J., Peralles, S. R. N., Borges, M. K., & Brito, C. I. B. de. (2013). Atendimento Fisioterapêutico para Indivíduos com Ataxia Espinocerebelar: Uma Revisão da Literatura. Revista Neurociências, 21(1), 126–135. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8212

Edição

Seção

Revisão de Literatura
Recebido: 2019-02-23
Publicado: 2013-03-31

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)