Variáveis preditoras de mortalidade em pacientes com traumatismo crânio encefálico na terapia intensiva

Autores

  • Elias Ferreira Porto Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória (InCor - HC.FMUSP), Mestre em Pneumologia e Doutorando (UNIFESP), Coordenador do Curso de Fisioterapia (UNASP).
  • José Renato de Oliveira Leite Especialista em Fisioterapia Respiratória pela ASSOBRAFIR, Coordenador do Curso de Pós-graduação de Fisioterapia em UTI (UNASP) e do Curso de Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória (InCor - HC.FMUSP)
  • Adriana Zamprônio dos Santos Pós-graduanda do Curso de Especialização de Fisioterapia em UTI (UNASP).

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8705

Palavras-chave:

Traumatismos cerebrais, Mortalidade, Unidades de Terapia Intensiva

Resumo

Objetivo: Verificar a mortalidade, analisar as variáveis preditoras de mortalidade dos pacientes hospitalizados na unidade de terapia intensiva (UTI) por traumatismo crânio encefálico e observar a evolução dos mesmos. Método: Os dados foram coletados num hospital público de São Paulo na unidade de terapia intensiva e consistiu em avaliar o paciente diariamente e colher dados em seu prontuário. Foram estudados 20 pacientes, com idade média de 52±19,9 e 30±12 anos para o grupo óbito e vivos, respectivamente. Resultados: Não foi encontrada diferença significativa para os dois grupos na análise dos exames laboratoriais de sódio, potássio, cálcio, magnésio, uréia, creatinina, e na avaliação pela escala de Glasgow (p=0,22). Houve maior risco de mortalidade para a presença do hematoma 2,62 (IC 1,13-6,09), infecção 3,5 (IC 1,2-5,9) dos níveis séricos de leucócitos no inicio, meio e fim para os dois grupos. Para óbito e vivos não foi encontrado diferença estatisticamente significante (p=0,06). Na avaliação no qual foi comparado o leucograma inicial, meio e final para o grupo óbito separadamente, verificou-se que houve aumento significante do número de leucócitos (p=0,0011). Conclusão: A infecção e a presença do hematoma aumentaram o risco de mortalidade, e a escala de Glasgow não foi um bom preditor de mortalidade.

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Publicado

2007-03-31

Como Citar

Porto, E. F., Leite, J. R. de O., & Santos, A. Z. dos. (2007). Variáveis preditoras de mortalidade em pacientes com traumatismo crânio encefálico na terapia intensiva. Revista Neurociências, 15(1), 22–28. https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8705

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-08
Publicado: 2007-03-31