Possível associação entre a fadiga física e o grau de força dos músculos respiratórios na Esclerose Múltipla

Autores

  • Fabrício Rapello Araújo Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neuro-Músculo-Esquelética
  • Fabíola Rebouças Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Respiratória
  • Yára Dadalti Fragoso Neurologista, Professora Titular

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8689

Palavras-chave:

Fadiga, Fadiga Muscular, Esclerose Múltipla

Resumo

Objetivo. Avaliação da possível associação entre a fadiga física e a alteração da força dos músculos respiratórios de pacientes por­tadores de esclerose múltipla (EM). Método. 20 pacientes com fadiga referida foram submetidos à avaliação fisioterapêutica, sendo utilizadas a Escala de Fadiga Física de Chalder para a determinação da presença de fadiga física e a manovacuometria para a mensuração da Pressão Inspiratória Máxima (Pimáx) e Pressão Expiratória Máxima (Pemáx). Resultados. A fadiga física foi confirmada em todos os pacientes submetidos a avaliação fi­sioterapeutica respiratória. Dez pacientes apresentaram somente fadiga física (grupo 1, G1) e 10 referiram fadiga física e dispnéia (grupo 2, G2), não relacionadas entre si. A Pimáx encontrava-se no limite inferior da normalidade e a Pemáx era abaixo da normalidade em G1. Em G2, a Pimáx e a Pemáx foram signifi­cativamente mais baixas do que o normal comparado aos casos do G1. Estes achados foram independentes da forma clínica da EM, do tempo de evolução, do uso de imunomoduladores, do sexo, da idade, da etnia e do EDSS. Conclusão. Pacientes por­tadores de EM com relato de fadiga física podem necessitar de uma investigação do grau de força dos músculos respiratórios para a identificação de possíveis alterações como fraqueza ou fadiga destes grupos musculares.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Krupp LB, Christodoulou C. Fatigue in multiple sclerosis. Curr Neurol Neurosci Rep 2001;1:294-8.

Giovannoni G. Multiple sclerosis related fatigue. J Neurol Neurosurg Psychiatr 2006;77:2-3.

Pucci E, Branas P, D’Amico R, Giuliani G, Solari A, Taus C. Amantadine for fatigue in multiple sclerosis. Cochrane Database Syst Rev 2007;1:CD002818.

Tomassini V, Pozzilli C, Onesti E, Pasqualetti P, Marinelli F, Pisani A, et al. Comparison of the effects of acetyl L-carnitine and amantadine for the treatment of fatigue in multiple sclerosis: results of a pilot, randomised, double-blind, crossover trial. J Neurol Sci 2004;218:103-8.

Stankoff B, Waubant E, Confavreux C, Edan G, Debouverie M, Rumbach L, et al. Modafinil for fatigue in MS: a randomized placebo-controlled double-blind study. Neurology 2005;64:1139-43.

Pittion-Vouyovitch S, Debouverie M, Guillemin F, Vandenberghe N, Anxionnat R, Vespignani H. Fatigue in multiple sclerosis is related to disability, depression and quality of life. J Neurol Sci 2006;243:39-45.

Rasova K, Brandejsky P, Havrdova E, Zalisova, Rexova P. Spiroergometric and spirometric parameters in patients with multiple sclerosis: are there any links between these parameters and fatigue, depression, neurological impairment, disability, handicap and quality of life in multiple sclerosis? Mult Scler 2005;11:213-21.

Heesen C, Nawrath L, Reich C, Bauer N, Schulz KH, Gold SM. Fatigue in multiple sclerosis: an example of cytokine mediated sickness behaviour? J Neurol Neurosurg Psychiatry 2006;77:34-9.

Iriate J, Castro P. Correlation between symptom fatigue, physical fatigue and muscular fatigue in multiple sclerosis. Eur J Neurol 1998;11:210-5.

Chipchase SY, Lincoln NB, Radford KA. Measuring fatigue in people with multiple sclerosis. Disabil Rehabil 2003; 25:778-84.

Klefbeck B, Hamrah Nedjad J. Effect of inspiratory muscle training in patients with multiple sclerosis. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:994-9.

Oken BS, Kishiyama S, Zajdel D. Randomized controlled trial of yoga and exercise in multiple sclerosis. Neurology 2004;62:2058-64.

Fragoso YD, Fiore APP. Description and characteristics of 81 patients attending the Reference Center for Multiple Sclerosis of the coastal region of the state of São Paulo, Brazil. Arq Neuro-Psiquiatr 2005;63:741-4.

Kurtzke JF. Rating neurologic impairment in multiple sclerosis: an expanded disability scale (EDSS). Neurology 1983;33:1444-52.

Chalder T, Berelowitz G, Pawlikowska T, Watts L, Wesswly S, Wright D, et al. Development of a fatigue scale. J Psychosom Res 1993;37:147-53.

Rosenberg JH, Shafor R. Fatigue in multiple sclerosis: a rational approach to evaluation and treatment. Curr Neurol Neurosci Rep 2005;5:140-6.

Zifko UA. Management of fatigue in patients with multiple sclerosis. Drugs 2004;64:1295-304.

White LJ, Dressendorfer RH. Exercise and multiple sclerosis. Sports Med 2004;34:1077- 100.

Downloads

Publicado

2007-09-30

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Possível associação entre a fadiga física e o grau de força dos músculos respiratórios na Esclerose Múltipla. (2007). Revista Neurociências, 15(3), 207–210. https://doi.org/10.34024/rnc.2007.v15.8689