Lesões em músicos: quando a dor supera a arte
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8621Palavras-chave:
Distonia, Transtornos Traumáticos Cumulativos, Doenças OcupacionaisResumo
A performance musical é uma atividade de alta habilidade neuromuscular que requer velocidade, precisão e resistência podendo ocasionar uma variedade de problemas médicos. O objetivo deste trabalho é apresentar as patologias, através de uma revisão bibliográfica, que podem afetar a classe profissional dos músicos. É possível concluir através dos estudos demonstrados neste trabalho que a intensa atividade exercida pelo músico pode levar este profissional a desenvolver lesões que comprometem significativamente a atividade profissional do artista. Estas lesões podem ser causadas por diversos fatores que, na literatura são grupados
em três categorias: as afecções músculo-esqueléticas, as síndromes compressivas dos nervos periféricos e as distonias focais.
Métricas
Referências
Oliveira JRG. DORT/LER (Causas e Conseqüências). In: Oliveira JRG. A Prática da Ginástica Laboral. Rio de Janeiro: Sprint, 2003, pp. 13-30.
Zaza C. Playing-related musculoskeletal disorders in musicians: a systematic review of incidence and prevalence. CMAJ 1998;158(8):1019-25.
Costa CP. Quando tocar dói: Análise ergonômica do trabalho de violistas de orquestra. Brasília (Dissertação). Brasília: Universidade de Brasília, 2003, 134p.
Tubiana R. Functional Disorders in Musicians. Eur Orthop Bul Effort 2000;13:9-12.
Finkel N. Neurologia das artes performáticas. Rio de Janeiro: Oficina do Livro, 1996, 212p.
Andrade EQ , Fonseca JGM. Artista-atleta: reflexões sobre a utilização do corpo na performance dos instrumentos de cordas. Per Mus 2000;2:118-28.
Brito AC, Orso MB, Gomes E, Mühlen CAV. Lesões por esforços repetitivos e outros acometimentos reumáticos em músicos profissionais. Rev Bras Reumatol 1992;32(2):79-83.
Fonseca, JGM. Freqüência dos problemas neuromusculares ocupacionais de pianistas e sua relação com a técnica pianística - uma leitura transdisciplinar da medicina do músico (Tese). Belo Horizonte: Universidade
Federal de Minas Gerais, 2007,174p.
Costa C, Abrahão J. Músico: profissão de risco? Anais do 7º Congresso Latino-Americano de Ergonomia, 11º Congresso Brasileiro de Ergonomia 2002;1:20-35.
Tubiana R. The surgeon and the hand of the musician. Hand Sci Tod 1991;1:44-55.
Zaza C, Charles C, Muszynski A. The Meaning Of Playing-Related Musculoskeletal Disorders to Classical Musicians. Soc Sci Med 1998;47(12):2013-23.
Trelha CS, Carvalho RP, Franco SS, Nakaoski T, Broza TP, Fábio TL, et al. Arte e Saúde: Frequência de Sintomas Músculo-Esqueléticos em Músicos da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Sem Ciênc Biol Saúde 2004;25:65-72.
Kaneko Y, Lianza S, Dawson WJ. Pain as an Incapacitating Factor in Symphony Orchestra Musicians in São Paulo, Brazil. Med Probl Perf Art 2005;20(4):168-74.
Frank A, Mühlen CA. Queixas musculoesqueléticas em músicos: prevalência e fatores de risco. Rev Bras Reumatol 2007;47(3):188-96.
Póvoas MBC, Figueiredo CF, Amaral GF. O espaço para o estudo do movimento e da música brasileira na formação do instrumentista. Anais do 12o Encontro Anual da Abem, 1º Colóquio do Nem 2003;1:18.
Moura RCR, Fontes SV, Fukujima MM. Doenças Ocupacionais em Músicos: uma Abordagem Fisioterapêutica. Rev Neurocienc 2000;8(3):103-7.
Norris R. The musician’s survival manual: a guide to preventing and treating injuries in instrumentalists. Saint Louis: MMB Music, 1997, 134p.
Manchester, RA. Toward Better Prevention of Injuries Among Performing Artists. Med Probl Perf Art 2006;21(1):1-2.
Lederman RJ. Muscle Pain Syndromes In Performing Artists: Medical Evaluation Of The Performer With Pain. In: Spintge R, Droh R (Eds). Music Medicine. 2nd ed. St. Louis: MMB Music ICN, 1996, pp. 298-303.
Gonik R. Afecções neurológicas ocupacionais dos músicos. Rev Bras Neurol 1991;27(1-4):9-91.
Kisner C, Colby LA. Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole, 2004, 864p.
Egri D. LER (DORT). Rev Bras Reumatol 1999;39(2):98-106.
Whiting WC, Zernicke RF. Biomecânica da Lesão Músculo esquelética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001, 272p.
Nicolleti S, Couto H. Lesões por Sobrecarga Funcional dos Membros Superiores: Aspectos da Fisiopatologia. In: Couto H, Nicoletti SJ, Lech O. Como Gerenciar a Questão das LER/ DORT. Belo Horizonte: Ergo, 1998, pp. 113-20.
Lech O, Hoefel MG, Severo A. Visão geral das lesões de membros superiores, especialmente as ligadas a sobrecarga funcional. In: Couto H, Nicoletti SJ, Lech O. Como Gerenciar a Questão das LER/ DORT. Belo Horizonte: Ergo, 1998, pp. 123-54.
Logue EJ, Bluhm S, Johnson MC, Mazer R, Halle JS, Greathouse DG. Median and Ulnar Neuropathies in University Cellists. Med Probl Perf Art 2005;20(2):70-6.
Limongi JCP. Distonias: conceitos, classificação e fisiopatologia. Arq Neuropsiquiatr 1996;54(1):136-46.
Fahn S, Bressman SB, Brin MF. Distonia. In: Rowland LP. Merrit tratado de neurologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, pp. 557-62.
Melo-Souza SE. Doenças do sistema nervoso. In: Porto CC. Semiologia Médica. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, pp. 984-1062.
Lisle R, Speedy DB, Thompson JMD, Maurice DG. Effects of Pianism Retraining on Three Pianists with Focal Dystonia. Med Probl Perf Art 2006;21(3):105-11.
Seth L, Pullman SL, Hristova AH. Musician’s dystonia. Neurology 2005;64:186-7.
Edwards S. Tônus e movimentos anormais como conseqüência do dano neurológico: considerações para a realização do tratamento. In: Edwards S. Fisioterapia neurológica uma abordagem centrada na resolução
de problemas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999, pp. 85-8.
Cambier J, Masson M, Dehen H. Semiologia da motilidade. In: Cambier J, Masson M, Dehen H. Manual de neurologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1999, 538p.
Rosset-Llobet J, Candia V, Fàbregas S, Ray W, Pascual-Leone A. Secondary motor disturbances in 101 patients with musician’s dystonia. J Neurol Neurosurg Psychiatr 2007;78:949-53.
Pujol J, Roset-Llobet J, Rosine’s-Cubells D, Deus J, Narberhaus B, Valls-Sole J, et al. Brain Cortical Activation During Guitar-Induced Hand Dystonia Studied by Functional MRI. Neuroimage 2000;12(3):257-67.
Chesky KS, Dawson WJ, Manchester R. Health Promotion in Schools of Music: Initial Recommendations for Schools of Music. Med Probl Perf Art 2006;21(3):142-4.
Harper BS. Workplace and Health: A Survey of Classical Orchestral Musicians in the United Kingdom and Germany. Med Probl Perf Art 2002;17(2):83-92.
Costa CP, Abrahão JI. Quando o tocar dói: um olhar ergonômico sobre o fazer musical. Per Musi 2004;10:60-79.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Thaís Branquinho Oliveira Fragelli, Gustavo Azevedo Carvalho, Diana Lúcia Moura Pinho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
